sábado, 31 de maio de 2008

"Despetalar-me para desabrochar novamente."

Assim diz Vestido.
E assim, concorda Isabona.

Essa semana foi realmente cansativa.
A segunda feira foi um dia super produtivo.
Até me assustei, e não sabia que eu conseguia fazer um tanto desse de coisas.
A terça feira, foi um dia cansativo.
Trabalhos nem tão agradáveis, e tal.
Quarta, já nem me lembro direito.
Sei que fiquei de tarde em casa, e devo ter feito trabalhos.
Quinta, vai saber.
E sexta, foi um dia legal.
Apesar de todo o nervosismo, eu tava bem tranquila.
E apesar de tudo ter dado meio errado, e eu ter me sentido um completo lixo, passou.
Ver uma cadeira branca que fica colorida, realmente me deixou com um sorriso bobo.
E uma animação super fofa idem.

A chave é sensibilizar as pessoas, sacou?

Agora, sei que tenho muita coisa pra fazer, e vim pro pc só pra fazer os trabalhos de pc.
Mas não resisti e olhei todos os blogs, respondi umas coisas.
E tenho que abrir um email ainda.
E fazer muitos desenhos, pintar muitas coisas, ler um livro e fazer uma resenha.
Acho que dá pra fazer metade disso hoje.
Ia ficar fazendo coisas na madrugada, pois hoje não era preciso acordar cedo, mas liguei a tv, e estava ali, sem sono, fazendo.
Foi só eu pensar "Nossa, tô sem sono.", pro sono se abater sobre minha pessoa.
E feito um saco de farinha, desabei na cama e acordei faz pouco tempo.

Sei que ando sentindo muito a falta de pessoas.
Coloco em especial, três pessoas.
Sinto muito a falta da Gardênia.
Só Deus sabe como a gente tá sobrevivendo nesses dois anos.
Certa vez, um amigo me perguntou:

- Faz quanto tempo que você não vê a Gá?
- Ah...deve fazer uns dois anos e pouco.
- AH! E vocês tão vivas ainda?
- É...tamos indo, né?

Pois é.
Como é que a gente tá sobrevivendo?

Outra, é a Simone.
Sei que ela tá passando por altos momentos difíceis e tal, e gostaria de estar por perto.
Porque muitas vezes, o que acolhe uma pessoa não é uma palavra, nem um olhar, mas apenas uma presença.
E eu gostaria muito de estar perto dela, pra ajudar.
Mesmo que essa minha ajuda atrapalhe os estudos, hahahahaha.

E por último, mas nem por isso menos importante, sinto muita saudade do meu avô.
A última vez que a gente se viu foi no ano novo, e tem fotos minhas com ele.
As nossas últimas fotos.
Mas infelizmente ainda não consegui tê-las comigo.
Di, você faz muita falta.
A família inteira morre de saudades.
Estou morrendo de saudades.
Mas sei que você está bem.

Outro dia, durante uma aula, senti uma coisa estranha.
Aí fiquei parada, olhando pro lado.
Não tinha nada do lado, mas sei lá, por uma sensação minha, senti que era você.
Era você.
E fiquei me sentindo bem, então.

Fiquei lendo o texto para a tal apresentação, e o cara dizia que é impossível voltar ao início e começar do zero.
É.
Não sei porque, mas nunca tive essa vontade, e de forma alguma, me envergonho do meu passado.
Nunca fiz nada de mais, mas não costumo me arrepender das coisas.
Costumo mesmo é me arrepender de não ter feito.

As coisas tão indo, né?
Não vieram buscar o chá com caco de vidro, e aqui em casa não tá aquelas coisas.
Minha cabeça não tá aquelas coisas.
Mas já almocei, e tenho trabalhos pra fazer.

Música, depois de dias.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Hey, você!

Haaaaaaaa ah ah ah ah yeaaaaaaaaah.
Escape myself!

(música, link acima.)

Ontem (em vista dos acontecimentos) nem entrei aqui.
Só eu sei como que isso fez falta.
Nem tanta, mas fez.
Fiquei simplesmente a segunda e a terça feira inteiras me sentindo uma pessoa ultra-produtiva.
Consegui fazer muitos trabalhos, não fiquei com muito (muito mesmo) sono.
Adiantei um monte de coisas.
Deve ser reflexo de uma provável-próxima mudança.
Isso deixa as pessoas um tantico desesperadas.
(No caso: eu).
(Sempre é eu.)

Ontem voltei pra casa super cansada.
Tava até branca de fome e do ataque de pânico claustrofóbico que me deu no ônibus.
Sério mesmo.
O ônibus tava cheio até demais, e eu comecei a sentir umas faltas de ar loucas e ver hipopótamos rosas ao invés de árvores.
Desci do ônibus e passei pela portinha ali do tubo.
Agora que fui lembrar que nem fechei.
E deve ser por isso que o cidadão que gentilmente abriu a portinha pra mim, resmungou alguma coisa.
Ele não vai ler, claro, mas não foi por mal.
Tava com fome e cansada e pós-ataque-claustrofóbico, me perdoe.
Meus pais até foram me buscar ali no tubo (tava tarde da noite. Leia se: nove horas) e só falei: "Tô morta" (com a cara dos que não retornaram da guerra).

Hoje era pra ser mais ou menos do mesmo jeito, e posso dizer que só agora arrumei um tempinho pra falar.
Falar nada mesmo.
Só por falar.
Sempre é bom.

Acho que tive pesadelos essa noite, ou sei-lá-o-quê.
Tava dormindo e tal, e de repente acordei e forcei minha perna, e senti uma cãimbra maldita me atacacando na panturrilha esquerda.
Dei um gemido terrível de dor, e voltei a dormir.
Acordei (jurando que aquilo tinha sido sonho), mas quando levantei, vi que não tinha sido.
E fiquei um tempão fazendo uns alongamentos pra ver se a dor passava.
E não passou.
E fui reparar que nem tá doendo mais.
(uau)

Acabei de fazer uma apresentação de power point de um trabalho meio sei-lá.
Ficou boa, mas como sempre, tô morrendo de medo de falar lá na frente.
Sempre foi assim.
Desde que riram de mim quando no teatrinho, eu era a Iara.
(Não ria).
Naquela época, eu era super super super mesmo desinibida.
Tanto que o teatro era pra ser : uma menina e um menino.
E no meio daquela sala imensa, a professora me escolheu!
Mas riram de mim.
Não foi por mal, agora eu entendo.
Mas ainda tenho aquele medinho básico de falar na frente.
Tá passando, aos poucos, beeeeeem aos poucos.

Ainda tem mais um monte de coisas para ser feitas.
E estou meio cansada, mas bastante satisfeita.
Acordei morrendo de sono, e ainda estou morrendo de sono.
E super irritadiça (pra variar).
Preciso urgentemente de um banho, uma cama.
Mas, mais do que tudo, preciso urgentemente fazer as coisas que tenho pra fazer.
Porque de ontem pra hoje, dormi.
Dormi, mas não descansei.
Estou com a cabeça super exausta.

Há sempre as coisas boas, né?
Estou falando com a Simone.
E temos grandes planos super legais que nos deixaram com aquela empolgação estranha e meio rara.
Falei com a Gardênia.
E como sempre, ela me anima.
Sempre mesmo.
Às vezes até eu acho que não me animei, mas quando ela vai embora, vejo que me animei sim.
E deve ser esse bendito bem-estar que faz com que eu ame essas duas cidadãs aí.
Acho legal o jeito como a gente se relaciona.
(Não tô falando de êmi-ésse-êne, nem orkútch).
Mas o jeito como as coisas acontecem.
Como a gente pode ficar um tempão sem se falar, e quando a gente se fala, apesar da eternidaaaaade do tempo e da imensidãão da distância, parece que a gente se largou a cinco minutos.

E aquele vaziozinho continua.
Continua aqui, pertinho de mim, e doendo.
Doendo bastante.
Mas nem tudo precisa ser demonstrado o tempo todo.
Assim como às vezes, sem querer, eu reprimo a minha alegria, também reprimo a minha solidão.
Hoje, não sei o que foi que reprimi.
Acho que reprimi à mim mesma.
Reprimi alguns medos, reprimi alguns prazeres.
Hoje, sinto que não fui eu mesma.
E por isso mesmo, fui tão sincera comigo mesma.

Ou talvez tudo isso que falei, seja mais um punhado de mentiras.
(Mais um).
Pode ser que a falta que eu falei que você faz, não seja verdade.
E chego a pensar que nem deve ser.
Ou não.

Algumas coisas fazem falta.
Mas sinto que é preciso abrir mão de várias delas, para poder alcançar outras.
(Lição do Dia).

Agora vou indo.
A Simone está me esperando.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

By my side! Uuuuuuh! By-my-si-de!

Ê lerê!

Fiz nachos, HEY!
Pela primeira vez na vida, e acreditem (ou não) mas deu certo.
Não queimou, não murchou.
Ficou super gostoso, mas não tão caliente quanto deveria ter ficado.
Nem sei se a família gostou, mas eu curti altos.

Feriado: precisa mesmo falar que não fiz porra nenhuma?

Em compensação, as segundas feiras conseguem ser (em sua maioria) muito boas.
Vejo pessoas.
Vejo a rua.
Me sinto alguém.
(Tá, às vezes não).
Mas hoje eu me senti alguém.
Fiquei a minha tarde fazendo trabalhos, e isso não me aborreceu nem um pouco.
Pintei a caixa que deveria ter pintado, e ela ficou muito linda.
Fiquei fazendo uns trabalhos que tava adiando faz tempo, e eles não ficaram totalmente ruins.
(Leia-se : meia-boca).
Ainda tenho muitas outras coisas para fazer, mas vim aqui porque esse blog, essa coisa virtual-que-nem-existe-de-verdade já me toma um tempinho sagrado todos os dias.
É, não escrevo coisa que preste, mas ele me toma um tempinho que me faz muito bem, e que faz muita falta.
Posso falar que os nachos não me fizeram mal.
Sempre fui meio alérgica à pimenta, e dessa vez não aconteceu nada.
Acho que é mais fácil rolar uma alergia às tintas Talens, já que as minhas mãos estão todas manchadas, e ela não saiu completamente no banho.
Estou feliz?
Não, hoje não.
Estou animada, felizinha, eufórica, o que quer que seja.
Felicidade não se alcança, INFELIZMENTE (hahaha não pude resistir à piadinha sem-graça).
Felicidade deve ser um estado, uma "coisa" que a gente alcança de vez em quando.
Daí vêm aqueles momentos felizes.
Aqueles momentos que eu paro pra pensar, e vejo que estou rindo sozinha.
E esses momentos que me fazem rir sozinha, não doem.
Deveriam doer.
Pois são tempos e momentos que não vão voltar.
Mas eles me deixam esperançosa.
Por mais que essa esperança se perca às vezes (leia-se: sempre) eu tento deixar ela continuar viva em mim.
É complicado.
E sempre (leia-se: sempre mesmo) eu penso em desistir, e largar tudo.
Largar tudo, e sair correndo, tipo naqueles filmes, e correr até não aguentar mais.
Até que eu caio, e o assassino vem e mata.
(End Scene).

É.
Não foi uma, nem duas vezes que me deu vontade de fazer isso.
Mas tento sempre melhorar.
Voltar sempre mais forte (mesmo que não pareça).

Ia colocar a música do título ( do INXS ).
Mas vou procurar uma outra.

***

(Não saber o nome da música é complicado, viu.)

Lá vai!

Tocou ela na rádio hoje, e nooooossa!
Como eu adoro essa música.
E como eu amo a Bridget!

Para que fiquei bem claro, a música não é nada pessoal.
Qualquer semelhança com a realidade, é mera coincidência.

(HAHHAHAHAHAHAHAHAHAHA)

domingo, 25 de maio de 2008

Nachos Calientes.


INGREDIENTES:

1 kg de carne moída
5 colheres de sopa de óleo
1 cebola grande ralada
5 dentes de alho amassados
2 pacotes de Doritos (grande)
200 g de queijo cheddar (aquele de bisnaga)
1 colher e 1/2 de sopa bem cheias de pimenta chilli
3 colheres de sopa de molho inglês
Sal e temperos como ervas finas, manjerona e outros, a gosto


Sour Cream:


1 caixinha de creme de leite (o de caixinha é menos consistente, por isso é melhor)
1 pote de cream cheese
2 colheres de sopa de vinagre branco
Suco de 1/2 limão


MODO DE PREPARO:

Para o preparo do sour cream, bata no liquidificar o creme de leite, o cream cheese, o vinagre e o limão.
Reserve.
Coloque numa panela o óleo a cebola e o alho e doure, em seguida acrescente a carne moída e frite bem.
Então coloque os temperos do seu gosto, o sal, o molho inglês e a pimenta chilli.
Depois de preparada a carne, forre uma travessa com o doritos, coloque a carne por cima, depois o sour cream e por último o queijo cheddar.
Coloque no forno por cerca de 15 minutos numa temperatura de cerca de 180º graus.
Está pronto.
É uma comida apimentada, deliciosa.
Não esqueça, o segredo da receita é a pimenta chilli, que é uma iguaria mexicana.



Receita enviada por Carla Cristina Camillo Mikolaiaw.
Roubada do site Tudo Gostoso por eu mesma.
Imagem retirada de um site sei-lá-qual.


Vou me perdeeendo, buscando em outros braços teus abraços...

Esqueci de falar que sonhei.
E me lembrei do sonho.
Eu tava não sei aonde, e me falavam toda hora que eu tava grávida.
Era super estranho, e eu julgava impossível (hahahhaa).
Aí eu colocava as mãos sobre o ventre (oooh) e minha barriga tava dura, meio diferente.
A cintura tinha ficado mais grossa.
E parece que os dias passavam super rápido, ela ia crescendo.
É, eu tava grávida mesmo.

Fiquei super intrigada e resolvi pesquisar.
Tá, sei que os sites não são lá confiáveis...
Mas só pra matar a curiosidadezinha eles servem.

GRAVIDEZ
É sempre um bom presságio pois indica grandes mudanças para melhor em todos aspectos; sobretudo no que diz respeito a assuntos familiares. Paz e harmonia no lar.

E enquanto isso, vou esperando as músicas irem.

E um site-interessante-que-ensina-o-que-eu-tava-querendo-aprender pra quem estiver interessado.
Interessados?

Continuo querendo nachos.

Decadência.

Decadência breve tem nome: feriado.
Decadência longa tem nome: férias.

E por hoje, a máxima da decadência foi acordar espontaneamente num domingo às oito e meia da manhã.
Acho decadência.
No mais, ficar dias sem tomar banho/lavar o cabelo/ trocar de roupa/comer decentemente...
Tudo isso já é rotina.

Então tá tranquilo.

sábado, 24 de maio de 2008

Conclusões Fantásticas.

O livro que estou lendo realmente prende minha atenção.
Realmente quero comer nachos.
Essa cidade realmente me faz mal.
Eu realmente odeio essa cidade.
Realmente quero voltar pra onde não devia ter saído.
O feriado é realmente uma merda.
Eu realmente não estou com fome.
Realmente queria não estar aqui agora.
Realmente ficar sozinha não é tão ruim quanto parece.
Eu quero realmente ficar sozinha!
Quero quero quero!

Quero ser uma tiazona solteira pra sempre.

Como que era mesmo? Nachos?


Mãe, vamos fazer nachos?


Recebi uma caixa com chás da Matte Leão.
Menos do que eu imaginava.
Dormi, estou lá pela metade do livro.
Fez sol hoje? Não sei.
Sei que tomei banho, lavei o cabelo.
Não tenho mais noção de que trabalhos tenho pra fazer.
Enfim.

Por hoje deve ser isso.


Já sei o que escrever na minha lápide.
Pensava e pensava, e ela estava ali, na minha cara.
"Não era nada do que você esperava."

Pra quem entendeu, excelente.


sexta-feira, 23 de maio de 2008

Falta um pouco disso naquilo.

Engraçado como cada coisa boba consegue me abalar.
Achar fotos em que eu aparecia assim, meio de penetra.
Mais figurante do que penetra.
Fazendo parte do fundo.
Era a minha diversão.

Deixou de ser.
Pelo menos por hoje.
E o pior de tudo é que estávamos sorrindo.
Foi bom, não foi?
Mas chega, acabou.
Eu sei, acabou.
Cansei disso, acabou.

E meu telefone tá ali, não toca.
Quem liga, só vem pra me aborrecer.
Aonde é que está a parte gostosa?
Cadê aquele monte de sorrisos soltos?
Cadê aquela dormida até mais tarde, e a vontade de viver?

Sei lá.
Tô confusa demais, e não sei de mais nada.
As tarefas mais banais são super difíceis de se fazer.
E sinto que estão exigindo de mim menos do que eu posso fazer.
E nem isso eu consigo.

Meus olhos ardem e minhas mãos estão doendo.
Meu peito está doendo.
Doendo de saudades.
Queria por um momento só, me sentir um pouco melhor.
Tudo anda tão assim, sem sentido.
Sem noção.
Para quê levantar da cama todos os dias?
Não sei.
Não sinto mais vontade de fazer as coisas que eu gosto.
Não sinto mais apetite para comer as coisas que eu gosto.
Não consigo nem ler mais os livros que eu sempre quis ler.
Minha cabeça não deve estar aqui.
Ela deve estar em algum lugar por aí.
Só queria encontrá-la de novo.
Estou perdida.

Por que?
Por que as coisas têm que ser assim?
Eu não entendo...

Além do que se vê.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Chá Matte.

Um pouco de chá.
E me falam para parar de beber.
Me vem um caco de vidro dentro do pote, e já não sei de mais nada.
Nunca soube, e insisto em falar que ainda não sei.
E não sei mesmo.

Arrumei minhas gavetas hoje.
Deve ser a terceira vez, só nesse mês.
E pela terceira vez, tentei arrumar não só as gavetas, mas a vida.
E não consegui.
Consegui arrumar mais ou menos, me deitar e começar a ler o meu livro.
Fiquei lendo, mas peguei no sono.
Acordei mais desorientada do que antes, e estou aqui.

Quero sair daqui, mas não sei pra onde ir.
Sei que a rotina me cansa bastante, mas não sei viver outra coisa que não seja a rotina entediante de sempre.
Porque entediantemente, ela me dá surpresas.
Boas, ou ruins.
Já nem faz mais tanta diferença.

Sei que falta açúcar nesse chá.
Falta sol nesses dias.
Falta vento nesse mar de tédio.
E falta um pouco de você em mim.
Ou talvez falte um pouco de mim em você.
Sei que falta.
E tudo faz falta.
Ou talvez nem faça.
Mas a sensação é que de fazem.

Acordar, levantar,tomar banho, sair de casa, sorrir, voltar pra casa.
Tudo isso passou de "tarefa prazerosa" para "tarefas-totalmente-mecânicas-mamãe-sou-sem-sal".

As pessoas vem e dizem (fiquei na dúvida do acento no 'e' do vem, e o 'vem' é do verbo 'ver' ou do verbo 'vir') (esquece, não pode ser do verbo 'ver'):
- Relaxa. Relaxa e abstrai.

Tô tentando.
Tô tentando.
Só acho que não vou conseguir perceber o que acontece no mundo, quando não conseguir me sentir confortável comigo mesma.
Porque me sinto muito alheia ao mundo e às coisas que acontecem.
E não me sinto nada confortável comigo mesma.
(Em todos os sentidos).

Música.

Por que é que eu me sinto assim?
Por que é que nunca tá bom?
Nunca é suficiente, nunca é feliz.
Sempre falta.
E tá faltando você, amiga.
Falta aquele seu sorriso que me deixa feliz (sim, feliz!).
Falta aquele seu jeito de sempre me corrigir, que me enchia de raiva.
Faltam todos aqueles momentos que a gente ficava só falando besteira.
Aquele monte de besteiras que são super importantes pra gente.
E que fazem eu ficar me sentindo após a melhor conversa do mundo.
Faltam todas aquelas nossas mentiras.
Pois depois que fiquei longe de você, nunca mais soube mentir.
E estou aqui, completamente perdida.
E a cada luz que você me dá, é um dia a mais para eu viver.
Pois é isso que anda faltando:
Motivos.

Do mesmo modo que faltam, sobram.
Sobram motivos para largar tudo.
Largar tudo de uma vez por todas, fechar os olhos, e sumir.
Pois de certa forma, já me sinto meio invisível.
Aos teus olhos, sou invisível.
Não sou?
É assim que eu me sinto.
Invisível.
Transparente.
Inútil.
E totalmente dispensável.

Nem me venham falar que é drama, não é assim, "você sabe que não é".
É drama.
Eu sei que é.
Não é assim.
Mas também é.
Sei que não é.
Mas também sei que é.

Tô me sentindo sem cabeça, sem corpo.
Sem nada.
Aqui tem alguma coisa que devem chamar de "fim".
Será que o fim está próximo?
Não vou falar que tá difícil.
Tá sendo doloroso.
Tem coisas que eu sentia, e já não sinto mais.
E mais uma vez, lá vem as saudades.

Por agora, eu queria poder te dar um abraço.
Poder sentir o calor da sua pele e ouvir o seu coração batendo.
Queria poder ouvir o som da sua voz, falando só pra mim.
Aquela voz que conseguia me acalmar.
E hoje acho que ela só consegue me afastar.

Música 2.

Sabe, eu sinto falta.
Nunca falei que respiro você, que morreria se você morresse ou qualquer outro tipo de baboseira que as pessoas apaixonadas costumam falar.
Mas é o tipo de presença que acolhe.
Mas parece que a minha presença não te acolhe.
Será que eu fui um passatempo?
Uma mera tentativa de felicidade?
Dói saber que não tenho as soluções.
Que a felicidade não mora aqui.

Queria me sentir necessária.
Tô tentando me mudar, para mudar o que tem aqui dentro.
Pra fazer esse meu maldito coração entender.
Ele é burro, e essa bicha besta aqui não entende.
Não entende que você não serve pra mim.
Eu não sirvo pra você.
E dessa vida, a gente não leva nada.
Que todas aquelas lembranças vão ser apagadas em dois anos, se não forem mais acessadas.
Mas eu acesso elas. (Bicha besta)

Hoje consegui superar algumas coisas.
Aquela garrafa de plástico lá do ano passado.
Joguei fora.
Apaguei mais um da lista.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Se as palavras pudesse dizer.

Se elas realmente pudessem dizer, acho que as minhas se calariam.
Desde sempre foi assim.
E tento mudar.
Mas tentar não significa conseguir.
E tentar sempre sem sucesso, desanima.
E é assim que eu me sinto: desanimada.
Me sinto fracassada, e muito fraca.
Já nem quero mais saber o que vai acontecer.
Estou deixando as coisas todas seguirem seu curso, mas ele nunca me é favorável.
E reclamar cansa.
Enjoa.
Irrita.
Estou assim.
Cansada-enjoada-irritada.
Nem sei o que falar, mas mesmo assim falo.
E enchendo a minha vida de coisas sem importância, é que vou levando.
Não sei se ainda vivo.
Ultimamente me sinto tão morta.
Mas acho que deve ser assim desde todo o sempre.
Parece que tudo que me era essencial e vital, foi retirado.
E não sei viver assim.
Não sei levar a vida.
Não sei continuar.
Sozinha, eu não sei.
Sozinha, eu não sei nada.
E sozinha, eu sou nada.
E é assim mesmo que eu me sinto.
Como deveria me sentir: um nada.
Um nada, inútil.
Um nada que não se mexe para deixar de ser nada.
Um nada totalmente alheio a tudo que acontece.
Um nada que tenta, e só fracassa.
Um nada que tem esperança, mas só se fode.
Uma hora cansa.
E acho que essa hora chegou.
Talvez o melhor seja ir atrás de todos os pedaços desse meu coração.
Nem sei mais do que ele é feito.
Nem sei mais do que eu sou feita.
Talvez seja amor, mas não consigo amar.
Talvez seja ódio, mas o amor me impede de odiar.
Acho que deve ser de falta de vontade, receio e medo.
E esse medo é que vai me ajudando e me matar.

Dói sorrir.
Dói chorar.
Tudo anda doendo.
E eu não gosto nada dessa dor.
Ela deve continuar doendo, porque eu não aprendo.
Mas eu não consigo aprender.
Sozinha, não.
Eu quero aprender.
Eu preciso aprender!
Mas não dá.
Assim não dá, hoje não.
Agora não.

Já sabia que meu coração não morava mais em mim (faz tempo).
Agora vi que minha cabeça também não.
Isso.
Nada.

Ponto final.

I'm calling. I'm calling out. I'm calling. Is anyone listening?

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Hoje. Ah...hoje.

Hoje.
Segunda feira.
Segundas feiras costumam ser um porre.
Um porre mesmo.
Ruim de acordar, ruim de levantar.
Ruim de tomar banho no frio.
Ruim de sair e pegar um vento e ir pra aula com cara de sono de quem ainda estava no ritmo do fim de semana.
Mas foi melhor do que eu esperava.
Adoro quando um dia excede as expectativas.
(No caso, não havia expectativa nenhuma...enfim.)

Não aconteceu nada de mais, mas...sabe?
Foi diferente.

Posso dizer que ontem, me sentia uma completa-inútil-e-invisível.
Hoje me sinto uma quase-completa-inútil-e-invisível.

Comprei um livro que queria a bastante tempo, e estou ansiosa para lê-lo.
Mas ao mesmo tempo, não quero ler, pois se ler, ele vai acabar.
E se ele acabar, eu vou ficar querendo mais.
É sempre assim.
Pensava várias vezes antes de começar a ler um livro, porque sabia que ele ia terminar.
E sempre, claro, sempre, escolhia ler.
Alguns livros estão lá, empoeirando na prateleira.
Esperando o dia que eu vou querer lê-los.
Mas esse é diferente.
Assim como Felicidade Clandestina.
"Não é mais uma menina com um livro..."
(a continuação só pra quem sabe, RÁ!)

E é isso.
A música ainda está tocando, mas irei sair.
Mas eu sempre volto.

Tam tam tam. Música do Dia!
Música Tchú!

domingo, 18 de maio de 2008

Iei iei ô!

Se eu pudesse dizer como é que esse meu maldito siso tá doendo...

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

O Dino tá a mil aqui e não pára.
Quase corto a boca com um caco de vidro.
Comprei uma caixa e sou uma pessoa nova (u-a-u).
Meu quarto cheira a alfazema, e alfazema não tem cheiro de homem.
Gosto de feiras, e estou virando um homenzinho.
Já sei trocar lâmpadas, colocar roupa pra lavar, e cozinhar.

Me sinto estranha.

Jordy, iés!

sábado, 17 de maio de 2008

Só pra relaxar.

Hoje, estava tão estranha.
Acordei totalmente sem noção de nada.
Ou de tudo, sei lá.
Dei comida pro cachorro, mas fui ver que era cedo demais.
Tarde demais.
Nem quis comer.
Fiz um mate gelado, fiquei ali de pé na cozinha.
Sentindo cada gole descer gelado pela minha garganta.
Lavei o copo, guardei o mate.
Sentei na frente do computador.
E fiz...nada.
Limpei a caca do cachorro, troquei de roupa.
Escovei os dentes, e sai de casa.
Fiquei andando, sem saber pra onde ir.
Aí parava, dava meia volta.
Andava mais.
Não sabia pra onde ir.
É, o caminho era aquele mesmo.
E voltava.

Andava, andava e só via pessoas estranhas.
São todos estranhos, logo, são nada pra mim.
E eu ia passando entre as pessoas, como se fosse invisível.
Pra mim, elas são invisíveis.
Pra elas, eu sou invisível.
Peguei uma bebida.
Sentei numa mesa.
Tirei papel, lápis e borracha.
E fiquei ali, bebendo e pensando.
Comecei uns rabiscos de leve.
E desses rabiscos, foi saindo um desenho bobo, simples.
Pra fazer volume, não é?
Como é que se chama mesmo...?
Vício?
É.
Era isso mesmo.
Vício.
As pessoas passavam por mim, me olhavam esquisito.
As crianças passavam, sentavam ao meu lado.
Ficavam olhando.
Não era pra mim que olhavam.
Era pra folha de papel.
Aliás, para elas, eu também era invisível.
Comentavam com os pais, como se eu não estivesse ali.
"Olha pai..."
"É...bonito, né, filha?"

O papel.

Então terminei a bebida.
Terminei o desenho.
Levantei da mesa.
E fiquei andando mais.
Totalmente sem saber pra onde ir.
Há algum lugar para eu ir?
Não havia.
Passava na frente de casas de conhecidos.
Pensava em dar um telefonema...
Tocar a campainha.
Qualquer coisa.
Hesitava.
Hesitei.
E não dei telefonema nenhum.
Nem toquei nenhuma campainha.

Achei que andar assim, ia me afrouxar o que aperta meu coração.
Achei que assim me sentiria um pouco mais livre e talvez me encontraria.
Ou encontraria partes de mim, ou o que quer que fosse.
Não encontrei nada.
Nada se afrouxou.
O aperto aumentou.

Então, cansei.
Decidi voltar pra casa.
Estava eu andando de cabeça baixa (como sempre).
Um garotinho me pára e diz:
"Moça, estou oferecendo vasinhos com flores...você quer?"
"...obrigada."
"... (cara de espanto) de nada."

E sai andando mais e mais.
Parei.
Olhei para as flores.
São flores simples.
Num vasinho simples e pequeno.
Um mimo.
O que há na cabeça e no coração de uma pessoa, uma criança, a ponto de sair oferecendo flores?
Deve ser amor.
E se não for, é algo muito bom.
É lindo.

Fiquei super emocionada.
Foi uma das coisas mais bonitas que já recebi.
O que é aquele garoto?
É um anjo?
O quê?
Não sei, mas ele me fez bem.
E toda vez que olhar pra esse vasinho de flor, com duas florzinhas amarelas, vou me lembrar dele.

Agora, estou com frio.

Take me or leave me - The Magic Numbers. (letra)
Música.

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Essa juventude, viu...

Essa juventude.
Ô juventude.

Acho que agora me sinto em condições de falar.
Esses dias estão sendo super ruins de passar.
E sei que hoje devo ter desabafado com umas várias pessoas.
E confio em cada uma delas.
Há pouco tempo, ou há um tempinho mais.
São queridas.

É tipo uma bomba relógio, sabe?
Ou panela de pressão, sei lá.
Fica ali, o tempo vai passando.
E uma hora, aquilo tudo estoura.
Vai tudo pelos ares.
E parece que o mundo vai acabar.
Ou até que o mundo acabou, mas esqueceram de te avisar.
E você tá lá, feito imbecil, adivinhando por si só que o mundo acabou ali.
É assim que tô me sentindo.
Sei que passa.
Tudo passa.
Mas tá horrível e não consigo segurar.
Já não consigo mais manter uma conversa normal sem falar dessas coisas.
E falando dessas coisas, não consigo parar de chorar.
Fico chorando o dia inteiro, e isso me dá raiva!
Me dá raiva não poder me controlar.
Nunca consegui, e nem havia tentado...
Mas é péssimo.
Ô se é.

Sei que eu tava a ponto de explodir.
Passei o meu dia gritando para o mundo, o quanto eu preciso dele.
O quanto eu preciso me sentir viva para viver, entende?
Estou me sentindo meio morta, sem coração, sem cabeça, sem nada.
Passo os dias perdida.
Não ouço as pessoas falando, me atraso.
Chego sem saber o que comer.
Nem tenho mais vontade de comer.
Fui reparar hoje, que mal comi.
Comi um pedaço de pão.
E graças à Carol, comi um pão inteiro!
E agora, dois pedacinhos de pizza.
E não sinto a menor vontade de comer.
A comida perdeu o sabor pra mim.
E o Sol já nem aparece mais.
Só fica esse tempo frio.
Esses dias cinzas.
E essa solidão ruim.
Há o que me conforte.
Mas são todos tipos diferentes de conforto.
Tem muitas pessoas que fazem eu me sentir bem.
São essenciais.
E acho que morreria sem algumas delas.
Mas há as outras.
Aquelas que não vejo a anos.
Aquelas que nem sei quando vou ver de novo.
Isso é horrível.

Só consigo ver por todos os lados, casais felizes.
Que nem devem ser felizes.
É egoísmo demais (ou seria presunção, ou o raio que o parta) achar que eles não são realmente felizes?
Eles sabem mesmo o que é a felicidade?
Eles sabem o que é o amor?
Será que sabem?
Eu acho que não sabem.
Vejo um monte de pessoas que se envolvem com outras, pra passar o tempo, sei lá.
Não que eu nunca tenha feito isso.
Claro que fiz.
E nem me arrependo.
Aprendi bastante assim.
Mas eles sabem o que é o amor?
Só me pergunto.
Só, me pergunto.

Aliás, eu sei o que é o amor?
Assim...eu aposto que sim.
Se tudo o que eu vivi/senti/sofri/chorei/sorri não é amor...
Então não sei o que é.
Deve ser algo bem parecido, maior, menor, ou igual.
Sei lá.

Mas é isso.
Parece que a vida resolveu me provar.
E deve ser isso mesmo.
Pra ver se eu vou conseguir passar por todas as coisas que acontecem e as piores que virão a acontecer.
Sei lá se eu estou indo bem nesse tal de teste da vida.
Só sei que estou sobrevivendo.
A cada dia que passa...a cada minuto.
Cada dia que eu acordo, nem sei se chamo de Vitória, ou de Tormento.~
Quem vê, até pensa que a minha vida anda sendo um mar de espinhos.
Não é bem assim.
Mas não anda sendo um mar de rosas.
E então, acho que caio na real e imagino: é isso a vida?
É.
É isso a vida.

Não sei o que ando sentindo mais.
Sinto saudade.
Aliás, o sentimento que sempre prevaleceu em mim, foi a saudade.
Desde que era criança.
Quando me mudava de cidade...nas escolinhas.
Aquelas amiguinhas que eu cuidadosamente cultivei por um ou dois anos, estavam ficando pra trás.
E aquelas juras de criança: vou lembrar de você pra sempre.
É.
Eu ainda me lembro de muitas dessas crianças.
De cada cidade que passei...
Cada escolinha que estudei.
Cada coisa que vivi.
Me lembro das pessoas.
E dói saber que na maioria das vezes, elas não lembram de você.
E penso no que meu pai disse com relação ao meu avô.
"Só não esqueça. Jamais."
É.
Jamais.
Eu jamais esqueço.
Nada é esquecido em mim.
Até já disse alguns dias atrás...
Se a vida é um livro, o meu não sai da página.
E eu vou enfiando mais e mais palavras na mesma página.
As memórias são todas vivas em mim.
Por mais que não pareça.

A cada mudança, meus pais sempre falavam: esqueça. Eles não vão lembrar de você.
E eu, coitada. Chorava.
Chorava e chorava.
E falava que nãão, eles iam lembrar de mim pra sempre.
E que a nossa amizade era eterna e coisa e tal.
E a maioria dessas amizades eternas morreram.
Pra mim não.
Eu ainda me lembro de todos os detalhes.
Ainda bem que existem as amizades eternas.
Ainda bem.
Senão já tinha ido desta para uma melhor.

Pra que se preocupar com os problemas então?
São todos inevitáveis.
E aquela história de que o gramado do vizinho é mais verde?
Parece mesmo.
Sempre parece.
Até que o tal do vizinho vire seu amigo.
E te mostre todo o paraíso cheio de felicidade e unicórnios cor-de-rosa que tem dentro dele.
Ou te leve até o buraco, dos mais profundos.
Me sinto assim às vezes:
Levando amigos até o buraco.
É egoísmo isso.
Sei que é.
Mas é algo que grita de dentro de mim.
E eu não consigo evitar.
É um vazio que sinto desde sempre.
E desde sempre ele faz parte de mim.
Acho que nem conseguiria viver sem esse vazio.
Mas eu quero tentar.
Acho que a felicidade é uma coisa boa.
Tenho certeza de que é.
Quando era criança, me lembro de algumas vezes, os pais na cozinha.
Eu criança, lá no quarto.
Sabia que meus pais tavam na cozinha, meu irmão no quarto ou na sala.
Tudo estava bem.
Mas me batia uma coisa estranha no peito.
Uma sensação super ruim.
E eu fechava a porta do quarto, ou entrava no banheiro.
E chorava.
Nem sabia o que era isso.
Pensava que eu era anormal, tinha problemas mentais, tinha uma doença incurável, era etê, ia morrer.
Qualquer coisa.
E até hoje, sinto a mesma coisa.
Igualzinho.

Mas chega o dia, que aparecem coisas/pessoas que mudam isso.
Fazem você se sentir diferente e único.
Te fazem sentir essencial.
Como se naquele momento, nada mais importasse.
A única coisa que importa, é você.
E esse vazio vai diminuindo.
Não sei se o vazio que diminui, ou a pessoa compartilha contigo.
Sei lá.
Mas a dor diminui.
E você vai aos poucos saindo da casca.
Vai esboçando uns sorrisos.
Começa a ver como o mundo é bonito.
Como há tanta coisa nova e diferente para se ver, basta abrir os olhos.
E era assim.
Mas parece que é uma coisa utópica demais.
Distante demais.
Surreal.
Entende?
Inatingível.

Ultimamente meus sonhos parecem todos surreais demais.
Tinha muitos sonhos.
Era uma menina cheia de sonhos.
Era quieta.
Calada, super na minha.
Mas por dentro, eu era um paraíso cheio de flores e sol e brisa leve.
Cheia de coisas bonitas.
Aos poucos...meus sonhos foram todos sendo largados.
Tenho o desgosto de ligar pro que as pessoas dizem.
Por mais que não pareça.
E assim, um a um, foram sendo largados.
Abandonados.
E hoje, parecem impossíveis.
E alguns são.
Mas estão lá.
Junto com as outras caixinhas do meu coração.
Hoje, parei pra pensar:
Qual é o meu sonho?
Ser feliz, óbvio.
Mas e além desse?
Os outros, menos importantes.
Quais são?
Vida profissional?
Amor?
Filhos?
Casa?
Cidade?
Cabelo?
Qualquer coisa.
Cadê?

Ando me sentindo vazia.
Isso sim.
A fonte que alimenta os meus sonhos, sabe lá onde foi parar.
Estou procurando.
Até mesmo nesses meus sorrisos fingidos.
Nessas piadinhas infantis.
O fato é que eu não sei ser séria.
Sei ser séria do meu jeito.
E o mundo não é assim.
O fato é que eu não me adaptei ao mundo.
E de fato, é mais fácil eu me adaptar ao mundo, do que ele se adaptar a mim.
Sei lá.
O mundo que não está preparado, ou eu que não estou preparada?
Isso de certo e errado não existe pra mim.
Aprendi a não ligar pro que a maioria das pessoas dizem.
Tenho tipo uma máquina dentro de mim.
Eu ligo pra algumas coisas.
Outras eu ignoro.
E quase sempre, ligo pras mais bestas.
E ninguém entende isso.

E além de saudades, sinto o meu peito apertado.
Está ali, esmagado.
Nem sei mais o que é.
Mas beira o insuportável.
Por mais que aconteçam coisas boas, elas me dão um alívio momentâneo.
Não sei me conformar.
Aprendi a me alegrar apenas com o que eu quero que me alegre.
Não é qualquer vitória que me anima, entende?
Entende?

Por hoje, sei que chorei.
Eu ri.
Mas chorei muito.
E por dentro, estou morrendo.
Nem sei mais como vou acordar amanhã.
Me sinto outra pessoa.
E sinto saudades daquela de antes.
Aquela que eu era.
E aquela que se perdeu em algum lugar.
Pra mim, tá sendo difícil.
É ruim não se sentir recompensada nunca.
Nem sei pelo quê.
Mas parece que ultimamente a vida só tem me feito o que mais tenho medo.
E tenho medo de tudo.
De morrer, lagartixa, ir embora, dizer adeus.
Mais que tudo, tenho medo de morrer sem fazer as coisas que eu quero fazer.
Sem poder falar uma vez na vida: Uau, como sou feliz!

Mas se a vida me der um momento, um só.
Não precisa de um "felizes para sempre", mas se me der um momento que me encha de felicidade para sempre, já posso morrer feliz.
Porque já nem sei mais o que fazer.
Sempre falo que não sei mais o que falar, e acabo falando muito.
Mas quando leio tudo, parece que não escrevi nada.
E acho que não escrevo nada mesmo.

Sinto saudades.
De tudo.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Pra te acompanhar...

É.
Rapaz, tá sendo complicado.
Sei que parece que é um daqueles momentos em que a vida te prova.
Pra saber se você vai aguentar todos os trancos e barrancos da vida.
É isso que parece, viu.
Mal superei uma coisa, e surge outra.
Isso dói.

Sempre dizem que os bons momentos é que devem ser lembrados e relembrados.
Sim, sei disso.
E é isso que tento fazer, cada dia mais.
Mas essas coisas ruins (que por acaso fazem a gente crescer) doem demais.
Elas magoam fundo.
E nossa, como doem.

Já devo ter contado essa história...
Mas uma vez, quando eu era bem pequena (minha vó diz que eu era bebê), meu pai tinha viajado.
Estávamos em casa: eu, minha mãe e meu irmão.
E uma noite, acordei chorando.
Chorando muito.
Minha mãe tentou de tudo, mas eu não parava de chorar.
Ela me disse que ficou desesperada.
Não sabia o que fazer.
E ligou para a minha vó, pois elas moravam na mesma rua.
E vieram : minha vó e meu vô.
Diz minha vó, que foi só eles abrirem a porta, e meu vô me pegar no colo, que eu parei de chorar.
Assim mesmo, do nada.
Sem mais nem menos.
Não era fome, não era nada.
Era isso: colo.
Sempre minha vó me conta essa história.
E eu sempre peço pra ela me contar.
É bem o tipo de coisa que me faz muito bem.
Me faz ver como eu gosto do meu vô.
Isso e muitas outras coisas.
Me lembro de quando ele me levava pra pescar.
Sabe, era uma coisa assim...simples.
Pode até parecer meio boba.
Mas ele sempre gostou de pescar.
E eu nunca tinha pescado.
Aí ele me levou.
É até meio bobo, jogar o anzol na água, e tirar o peixe.
Mas era muito muito divertido.
Não era o pescar.
Era a companhia.
Esses momentos com o meu vô faziam com que eu me sentisse muito amada.
Porque minha família nunca foi das mais afetuosas.
E talvez por isso, eu seja tão carente.
Mas era daquele jeito que ele demonstrava amor.
E era daquele jeito (e não consigo imaginar outro jeito) que a gente amava e se sentia amado.
São tantas histórias.
E todas elas me vêm a cabeça agora.
No hospital, alguns anos atrás.
Poucos dias antes de ele ser operado...
Veio uma fisioterapeuta no quarto.
Para ensinar uns tipos de respiração que ele deveria fazer após a cirurgia.
Eram uns exercícios muito engraçados.
E eu ficava fazendo junto com ele.
E a gente ficava rindo muito.
A gente ria tanto, e debaixo do nariz da fisioterapeuta.
Acho que ela chegou até a ficar com raiva.
Mas foi muito engraçado.
Acho que foi uma das últimas vezes que eu vi ele rindo.
E guardo essa lembrança breve, simples...com muito carinho.

Lá pelas últimas vezes que te vi, no Ano Novo...
Você estava tão mudado.
Sério, distante.
Tinha até deixado um bigode, que eu achei muito estranho e fiquei tentando te fazer rir.
Ficava tentando muito mesmo.
Mas parece que essa coisa chamada "alegria" tinha ido embora dali de você.
E isso, me deixou super mal.
Te ver mal, me deixou muito mal mesmo.
Família é uma coisa que a gente sempre quer bem.
E te ver mal, foi péssimo.
Eu entendia.
Eu te entendia.
Mas doía te ver daquele jeito, e não poder fazer nada.
O nosso contato passou a ser assim.
Silencioso.
Ficávamos sentados ali, no mesmo recinto.
Vez ou outra, saía uma palavra.
Uma novidade boba que eu tinha pra contar.
Você assentia com a cabeça.
E me dizia pra nunca desistir.
Pra me esforçar.
Pra ser alguém na vida.
Mas era sempre assim:
Eu via aquele seu olhar distante...de quem já viu muita coisa na vida.
Aquele seu olhar que me deixava super perdida e sem chão.
E eu faria qualquer coisa para poder achar o teu sorriso e te devolver.
Mas não havia nada para ser feito.

Sei que sinto saudades.
Ainda não me caiu a ficha direito.
Pra mim, você está vivo.
Está bem.
No máximo, viajou, e está para voltar.
Pra mim é isso.
Ainda não aceitei o fato de que vi o teu rosto, e nunca mais vou ver de novo.
Tá doendo muito em mim.
Mas de certa forma, sinto que você está bem.
E desejo sempre, o melhor para você.
Você merece.
É é só isso que posso dizer:
Sinto saudades.

Obrigada por tudo.
E eu prometo sempre sempre, dar o meu máximo.
Não só por mim, ou só por você.
Por nós.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

O Último Romance.

Ah vai...
Me diz o que é o sossego, que eu te mostro alguém afim de te acompanhar.

Só dá pra dizer, que não há nada pra dizer.
As palavras são totalmente dispensáveis.

Descanse bem.
E você faz falta.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Coração de Vidro.

Foi um dia meio chato.
Tirando o fato de eu achar (repito: achar) que fui bem na avaliação de desenho lá do Sentone.
Tirando o fato de eu estrear (cof cof) uma blusa nova que eu ganhei e é linda e é super OLÉ!
Tirando o fato de estar frio e eu nem sentir.
Tirando o fato de um monte de outras coisas que eu nem lembro.

Estou estressada, e acho que é falta de sono.
Nem venham me falar que eu não sei o que é ficar sem dormir!
Pra mim dormir menos de nove horas é dormir pouco.
Desculpe, eu não queria que fosse assim.
Mas é.
(É. É uma merda, eu sei.)

Sei lá.
Tô de saco cheio por hoje.
Nem tava, e acordei super animada.
Tanto que me arrumei toda, me maquiei toda, e fui pra aula me sentindo a Miss Fofura 2008.
Mas a sensação passou.
Até de tarde, eu tava de bom humor e vendo unicórnios cor-de-rosa voando por ai.
(Tá, não eram cor-de-rosa.)
E sei lá.
Essa animação se esvaiu.
Eu tava até pensando em fazer um monte de coisas que tenho pra fazer, tudo hoje.
Tava animada mesmo.
Mas passou.
Deve ser a bipolaridade.
Só pode ser.
E esse suco nem tá tão bom quanto costumava ser.
E os dias tão passando todos devagar de novo.
E só eu sei como tá chovendo por aqui.

E por hoje, chega.

Coração de Vidro. Ê.

domingo, 11 de maio de 2008

É como areia doce que se dissolve na boca.

É assim.
É muito bom saber como você sente as coisas.

E vi esse filme ontem (de novo) pela trocentésima vez.
Admito que não canso dele.
Poderia vê-lo todos os dias.
Até decorar os diálogos.
Nem preciso falar que chorei vendo ele!
Não foi nem um chorar chorar derramar rios que deságuam sem fim.
O filme ali, diante dos meus olhos, passando.
E eu ali, parada.
Imóvel, vendo.
E as lágrimas simplesmente escorriam.
Sem que eu pedisse, e sem que eu pudesse conter.
Não por ser uma coisa triste.
O filme é triste.
Mas foi por ser belo.

E foi bonito eim. Sempre é.

Ainda existem algumas coisas bonitas.

sábado, 10 de maio de 2008

Oh, Love is gonna get you down!

Now I'm blue, as I can be!

Sim.
Me conformei (pelo menos por agora).
Sim!

E as coisas parecem mais claras.
E é bom encontrar semelhantes.
Estou bem.
Por agora, pelo menos.

La miuzíque!

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Ostra feliz não faz pérola II.

Pra quê vir pra cá de novo?
Por que é que eu acabo sempre voltando?
Por mais que resista, morra e não queira.
Sempre volto.
Talvez eu goste mesmo.
E talvez isso seja um prazer que eu não saiba traduzir.
É angustiante.
E nada mais.

Ostra feliz não faz pérola.

Peguei mil folhetos hoje.
Muitos mesmo.
E vi que deve ser coisa de sangue...porque minha mãe também pegou vários.
(E a gente nem combinou).
Tava dando uma olhada neles...
E naqueles de livraria, tinha um livro bem interessante.
Nem lembro do que se trata, deve ser de auto ajuda.
Mas o nome era esse.
E eu achei um nome bonito.
Sim, é bonito.

Bom, o frio continua.
E acho que meu siso (é assim que escreve né?) tá começando a me incomodar.
Ele machucou toda a minha bochecha.
Daqui a alguns dias eu vou estar com um buraco na cara, ou um bochechão de Fofão.
Vai saber.
E estou com uma dor de garganta que Deus Amado.
Mas tudo isso é detalhe.
Vai ter show do Supla na quinta feira, e sei (cooom certeza) que não vou.
Sei lá porquê, mas sei.

Tenho coisas pra fazer.
Ou não.
Mas as coisas melhoram.
Lentamente.
Algumas coisas não vão melhorar nunca.
E são exatamente essas que eu disfarço.
Mas hoje não consegui DE NOVO!
É, não consegui.
Um leve desviar 'ooooopa'-não-ia-sair-da-sala-mesmo.
Normal.
Não vai ser a primeira nem a última vez.
O fato é que ainda (sim, ainda!) me abala.
E a cada dia que passa, a distância aumenta.
E isso é ruim.
Ou bom, sei lá.

Mas há necessidade de sapatos novos.
É o que dizem.
Preciso de uma pele nova também.
Cabelos novos, e por que não, roupas novas?
É o que dizem também.

Vai saber.
Acho que vou procurar uma música.
Nada pessoal.
Nada a ver.
Acho que nem quero mais casar e ter filhos.
Ser tiazona solteirona e legal é melhor.
Envelhece menos, dá menos rugas...
Ou não.
Ainda há tempo.

La miuzíque!

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Caramba, como ardem!

Os olhos.
Nem sei porque, mas tão ardendo muito!
Pior que nem fiquei lendo demais, ou no computador demais, ou chorando demais(dhaeihduihdadea) ou rindo demais, ou olhando pro Sol pra ver se ele cega mesmo as pessoas.
Estranho.
Deve ser uma gripe chegando, ou o frio, ou o vento ou sono, sei lá.

Ontem conversei com uma amiga muito muito amiga mesmo.
Fazia meses (acho) que a gente não se falava.
E é incrível.
Acho que eu amo essa maldita que nem entra na internet pra conversar.
É, eu amo essa coisa.
Gardênia, te amo filhote.
Não sei se é o modo como você sempre me entende e pensa igual a mim.
Deve ser isso.
O modo como as nossas soluções drásticas soam tão suaves e óbvias.
É muito estranho.
Até um conhecido teu (o PAULO!) veio falar o quanto eu sou parecida com você.
Mesmo ele só vendo um videozinho no qual eu apareço cinco segundos, ou um monte de fotos.
E até pelo jeito de falar.
Ele me descreveu como: uma Gardênia que eu tenho mais intimidade, e que tem intimidade pra dar ratas na minha frente.
É, foi bem isso que ele disse.
Sei que é bem engraçado o modo como algumas pessoas aparecem na sua vida.
Em horas que você tava precisando delas.
Super estranho.
Mas é um motivo a mais pra ir embora desse lugar.

Estou cheia de coisas pra fazer!
E de novo, me sinto bem.
Talvez com várias coisas pra fazer, eu me sinta um pouco menos vazia.
E acho que isso é bom.
Recebi notícias boas, e isso me deixou bem.
Sempre tem as mesmas coisas de sempre que me deixam mal.
Mas hoje elas ficaram meio de lado.

Pela trocentésima vez, tô tentando ser organizada.
Vou arrumar as gavetas de novo.
Vou arrumar a cama, as roupas.
Até arranjei um calendário pra colar na parede e me organizar.
Estou deixando várias coisas em dia, inclusive o sorriso.
Posso até pensar em colocar uma música.
E sei lá.
Me magoa, me chateia.
Quase me mata.
Mas só no quase.
Isso me mata, claro que me mata.
Só de pensar, já fico mal.
Mas você não precisa ver isso.
E eu nem quero que veja.
Por mais difícil que seja.

É, acabei não colocando música (de novo).

quarta-feira, 7 de maio de 2008

Rosas e Vinho Tinto.

Não sei porque, mas fiquei pensando nisso o dia inteiro.
Não por causa do álbum, mas sei lá.

Não sou muito dada a citações, mas dessa vez, é preciso.

Sempre doía um pouco ser capaz de rir.

- só seu coração batia, e para quê?

Não. O mundo não sussurrava.
O mundo gri-ta-va!!

Eu estou é brincando de viver, pensou, a vida não é isso.

Ela uma vez vira uma amiga inteiramente de coração torcido e doído e doido de forte paixão. Então não quisera nunca a experimentar. Sempre tivera medo das coisas belas demais ou horríveis demais: é que não sabia em si como responder-lhes e se responderia se fosse igualmente bela ou igualmente horrível.

Teve vontade de gritar para o mundo: "Eu não sou ruim! Sou um produto nem sei de quê, como saber dessa miséria de alma?".

Ela era...
Afinal de contas quem era ela?

- Como é que eu nunca descobri que sou também uma mendiga? Nunca pedi esmola mas mendigo o amor de meu marido que tem duas amantes, mendigo pelo amor de Deus que me achem bonita, alegre e aceitável, e minha roupa de alma está maltrapilha...

- Ela se esqueceu de que pode voar, mamãe, e pensa que só pode andar devagar assim.

Em verdade nada fiz. Fiquei extremamente quieta como se uma flor tivesse nascido em mim. Depois não me lembro mais o que aconteceu. E, acho que não aconteceu nada.

Bastava olhar demoradamente para dentro d'água e pensar que aquele mundo não tinha fim. Era como se estivesse se afogando e nunca encontrasse o fundo do mar com os pés. Uma angústia pesada. Mas por que a procurava então?

E a pessoa está perdida. Seu olhar adquire um jeito de poço fundo. Água escura e silenciosa. Seus gestos tornam-se brancos e ela só tem um medo na vida: que alguma coisa venha transformá-la. Vive atrás de uma janela, olhando pelos vidros a estação das chuvas cobrir a do sol, depois tornar o verão e ainda as chuvas de novo.

Não posso ter raiva de mim, porque estou cansada.
E mesmo tudo está acontecendo, eu nada estou provocando.

Fica de olhos abertos durante algum tempo. Depois enxuga as lágrimas com o lençol, fecha os olhos e ajeita-se na cama. Sente o luar cobri-la vagarosamente.
Dentro do silêncio da noite, o navio se afasta cada vez mais.

Todos passam.

É.
Nem curto mesmo ficar citando pessoas aqui...
Mas tava lendo esse livro de contos hoje, e achei muita coincidência.
Só isso.

Além disso, acordei me sentindo um problema.
Um problema que foi jogado em várias situações.
E está sendo eliminado de todas elas de uma vez só.
Nunca gostei de problemas.
(Não diga).
Desde a época da escola, que a professora ensinou o que era um 'problema de matemática'.
Desde aquela época eu odeio.
E gosto de eliminá-los.
E talvez seja isso que eu deva fazer.

terça-feira, 6 de maio de 2008

Acho que é a 'c'. Mas pode ser a 'd'.

É.
Um dia a mais.
Ou a menos.
Mais um dia frio no calendário.
Mais um.

O maior inimigo só pode ser aquele que todos vêem, mas ninguém enxerga.
E é uma merda.
A única coisa que consegue te desanimar, te colocar totalmente pra baixo e fazer com que você se sinta o mais completo idiota.
E é isso que eu sinto que sou: uma completa idiota.
Pra quê eu sirvo?
Eu vim ao mundo, e ...?
Estou super cansada de não conseguir mais me enganar.
Até certo ponto, isso é bom.
Mas quando eu me enganava, eu era convincente.
E isso me fazia um certo bem.
Sinto falta.
Sinto que tantas coisas passaram, mas para mim não passaram.
E muitas coisas nunca passarão.
Odeio quando dizem que vai passar, que é coisa da idade, é uma fase, "é assim, eu já passei por isso também, sei como é", você é forte, vai superar.
Não.
Não vai passar.
Não é coisa da idade.
Não é uma fase.
Você não passou por isso, senão seria eu.
Não sou nem um pouco forte.
E não vou superar.
Vou mascarar e aprender a conviver com isso.

Sempre falam que é preciso ser forte, a vida é dura e você precisa estar pronto pro que der e vier.
Mas não sei fazer nada disso sozinha.
E decidi que nem quero aprender a fazer isso sozinha.
Ser sozinho é uma coisa muito ruim.
E hoje, estou me sentindo sozinha.
Se for pra ser assim, não quero ser forte, não quero nada.
Pois sozinha, sou nada.
E que não venha ninguém me dizer que é preciso saber viver sozinho.
Não é.
Sozinho nem você vive.
Pensa.
Aposto como não vive.

Hoje, falamos sobre equilíbrio.
Que buscamos sempre o equilíbrio.
E que o viver é um eterno contrabalançar-se afim de superar as adversidades.
Confesso que chorei lendo essa parte do livro.
Pois o equilíbrio interno é como a verdade, como o certo, como o errado.
Não se sabe, nem nunca vai saber.
Logo, nunca vai alcançar.
É ruim pensar que as coisas não são boas e um dia serão "felizes para sempre".
Ainda não coloquei isso no meu coração.
(Na cabeça eu coloquei).

E o vazio nunca acaba.
Ele só cresce.
E a cada dia que passa, só consigo me questionar o que ainda estou fazendo aqui.
E por quê não deixo ele me engolir de vez, e ver aonde ele me leva.
Nada anda fazendo sentido.
E é ruim levantar da cama.
É ruim não sentir vontade.
É ruim.
Qualquer dia, quem sabe eu suma.
E daqui, vá pra qualquer lugar.
Visitar novas paisagens, sentir novas sensações.
Pois agora, não sinto nada.
Só o vazio.

Sei que não dá pra entender.
E se acha que entendeu, não entendeu.
Entenderia se sentisse.
E não está sentindo.
E nem quero que sinta.

Não, não dá pra entender.
Queria que fizesse sol.
Queria poder fazer os outros felizes.
E vejo que não consigo.
Preciso achar a minha felicidade antes, para depois poder ajudar aos outros.
Mas aonde está alguém para me ajudar?
Sozinha eu não consigo.
E estou com frio.
Morrendo de medo.
Durmo pensando em não acordar.

Nem música, nem nada.
Só um emaranhado de palavras bobas, que me pergunto se devia ter dito.
E vejo que se não dissesse, seria pior.
Pode não ser nada, mas é um tantinho do tudo.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

E vamos lá.

Tirando a dor de cabeça e outras dores aqui.
Esses remédios que ontem me faziam tão bem, hoje parecem tão ineficazes.
E essa noite fria pela primeira vez, me atraiu.

Mas a dor de cabeça é horrível.

(Estamos breves).

E aquela dorzinha ruim, não sumiu.
Só estou aprendendo (ou relembrando) como se convive com ela.
E estou com raiva.
Só me sinto super incapaz e insignificante.
É o mesmo discurso blasé e chato de sempre, mas eu não canso dele.
Amanhã vou dizer que canso, mas por hoje não cansei.

E tem muita falsidade.
Tem gente que acha que me faz de otária.
Mas de otária eu tenho só a cara.

E também tenho voz de traveco.

domingo, 4 de maio de 2008

E é isso então?

É isso né?
Talvez por ISSO eu não entenda nunca o mundo adulto.
Acho que minha falta de maturidade nunca deixará de existir.
É ruim.

Percebi que esse tempo todo, não tinha medo de me perder ali.
Já estava de certa forma perdida.
Mas em outras coisas.
Convergiam todas para o mesmo ponto (se é que se pode chamar de ponto).
Mas nunca para aquele em especial.
Confusa, estou confusa.
Já me perdi tanto em todas aquelas sensações, que preciso aprender a sentir de novo.
E talvez seja isso mesmo, uma página.
E como todas as outras, foi virada e passou.
Menos pra mim.
Se minha vida é um livro aberto (como dizem), é um livro que fica sempre na mesma página.
E eu fico espremendo mais palavrinhas e mais frases e mais parágrafos.
Mas nunca viro as páginas.
O que aconteceu ontem é tão vivo em mim quanto o que aconteceu hoje, ou o que está acontecendo agora.
Acho que deve ser bom.
Só às vezes perco um pouco os pés do chão.
Mas sempre foi o coração que falou mais alto.
E por isso nunca me arrependo de certas coisas.
O problema é que : sim, eu acho que vou mudar o mundo.
Eu acho que perto de mim as pessoas devem ser felizes.
Eu acho que todas elas querem ficar comigo para sempre, e ficarmos todos velhos na varanda juntos.
É, eu acho.
Mas os outros não.
Sempre acho que eu posso amar por todos.
Nas amizades, nos amores, e até no ódio.
E é raro isso ser recíproco.
Tão raro, e quando acontece, eu agarro essa pessoa para sempre.
Mesmo que o pra sempre dure dois dias, e eu enjoe.
Mas só enjôo ou demonstro isso, quando o outro ser enjoar também.
Ou faço enjoar de mim.
É a mais velha tática que consiste em fazer os outros enjoarem de você.
Não fui eu que perdi a graça.
Eu fiz você não enxergar a graça em mim.
Ou não.

Ou eu sou sem graça mesmo.
E consegui mascarar isso sempre.
Aí a máscara caiu.
E ela sempre cai.

Por fora me sinto bem.
Sou saudável, tenho os dois braços e as duas pernas.
Tenho muita saúde.
Tenho família.
Tenho amigos.
Mas me falta algo.
E isso ninguém vê.
É algo que só eu consigo ouvir, e só eu posso ver.
E acima de tudo, só eu sinto.
Descobri que estou esperando aparecer alguém que sinta isso tanto quanto eu.
E pra variar, começo a pensar que esse alguém não existe.
Hoje me falam "chore, você vai se sentir melhor."
Mas como poderia? Já que tudo dentro de mim está seco e morto?
Só vejo um campo nu, sem plantas, sem sol, sem vida.
O que me regava de alegria, se foi.
Se foi e está perdido.
E até quando ficarei assim, não sei.
E se melhorarei, talvez.




É, sou bem inconstante.

E hoje o dia foi das Belugas.

http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI806248-EI298,00.html

Preciso de uma Beluga.
Só ela pode me deixar melhor.
E ainda por cima, conheci alguém que viveu comigo no Reino das Belugas.
Ah, essa vida é mesmo cheia de surpresas...

sábado, 3 de maio de 2008

Walter Benjamin. A obra de arte na era de sua reprodutibilidade técnica (primeira versão).

O dia foi basicamente isso.
E uma dor ressuscitada no pulso.
E do frio nem falo mais.
Só colar os posts anteriores se quiser saber como foi hoje.
Essas foram as únicas novidades.

Postando só pra não abandonar.
Um dia falo se houver o que falar.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Resuma resuma resuma resumindo.

Mãe diz:
Filha, por favor, penteia esse cabelo. Você tá parecendo uma louca.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

É, José...

É, José.
Não vou negar.
Não deveria falar, e vou me arrepender.
Mas como dizem : "melhor se arrepender do que fez, do que se arrepender do que não fez."
Não me arrependo do que faço.
Me arrependo do que às vezes falo, ou do que não falo.
Do que escrevo ou do que deixo de escrever.
Me arrependo de muitas coisas, mas não consigo me arrepender de você.

Não vou falar que está sendo fácil.
E por sabe-se-lá quanto tempo, fiquei ali deitada olhando pro nada.
Fiquei ali deitada e desejei não ter que levantar.
Pelo menos por hoje.
Desejei ficar ali até que o mundo deixasse de ser mundo, e que essa dor passasse e eu me sentisse melhor.
Mas sinto que isso vai demorar.
Como outras vezes, isso doeu.

E só consigo ver um mundo vazio, quieto, sem cor.
Só vejo o passado.
E o futuro (sempre nebuloso) me parece inexistente.
Parece que alguém apertou o botãozinho 'stop' e estou aqui, andando num mundo que vive.
E, totalmente sem vida, fico andando feito uma qualquer nesse mundo qualquer que me trata como tal.
E de um amontoado de cinzas, virei um grãozinho só.
Voltei ao lugar que talvez nunca tenha saído.
Apenas maquiaram um pouco do mundo para que eu tentasse me adaptar à ele.
E como sempre, acreditei e me joguei de cabeça.
E no chão, bati a cabeça.
E nochão, permaneço deitada esperando por dias melhores.
Se eles virão ou não, só o tempo dirá.
E espero que me diga coisas boas.
Ou coisas ruins. Tanto faz.
Tanto faz o que virá.
Boas ou ruins, elas sempre acabam me matando um pouco mais por dentro.
E sempre me fazem pensar e pensar sem entender o que é a vida.
Quando acho que sei, vejo que nada sei.
Acho que nunca saberei.

Todas essas ilusões devem servir pra gente ter no mínimo uma coisa boa pra contar.
No mínimo uma lembrança boa para poder falar 'é, não foi de todo ruim.'
Mas sinto que não dá.
Já não dá mais pra viver com esse consolo.
Esse consolo de nada me consola, e em nada me alegra.
Viver uma vida vazia é doloroso.
É doloroso não sentir motivos para levantar.
É horrível viver mentindo mentiras que apenas me enganam mais.

E de uma boca cheia de dentes, virei um par de olhos vazios.
Um par de olhos vazios que mentem, e mentem mal.
Não enganam à ninguém, e a qualquer movimento se esvaziam mais ainda.
Falo tanto, e não falo nada.
Não sei o que falar.
Nunca sei o que falar.
Nem falar eu sei.
Só saem palavras sem sentido, que nem eu entendo.
Nada entendo.
Só sei sentir.

Não sei se te agradeço.
Não sei o que te falar.
Me dizem para jogar pedras.
Mas não conseguiria.
Não consigo.
Sou covarde a ponto de ficar sem fazer nada, só olhando.
E essa covardia também me mata.

Fora isso, a comida não tem gosto.
Não sinto mais nada.
Parece que alguém apertou um botão e me desligou.
Só fico com frio, parada, quieta.
E de tão transparente, me sinto visível até demais.
Gostaria de ser um pouco menos assim.
Gostaria muito de ser a pessoa que procuram.
Talvez eu seja nada, e um dia chegue a ser tudo.
E sendo nada, vou me arrastando.
Ora ajoelhando-me, ora caindo.
E me ajoelho de novo.
Imploro e quase morro.
É em vão, eu sei.

Foi ruim ficar segurando as lágrimas.
Não queria que visse.
Detesto quando alguém me vê chorar.
Mas não consegui.
Como em quase tudo que faço, falhei.
Falhei, e desde aquela hora, não parei mais de chorar.
Chorei rios, e esses rios não sabem para onde ir.
Não sabem de onde vieram, e nem se vão parar.
Espero que parem.
Mas sozinha não consigo.
Não sei para onde ir nem o que fazer.
As tarefas mais banais me parecem tão difíceis...
Preciso me acostumar de novo.
Mas agora, preciso de alguém para me ajudar a levantar.
Ou que me deixem só.
Me deixem só até que eu volte.
Um dia eu volto. Eu quero voltar.
Porque agora, só sei gritar e te chamar.
Grito virada pras paredes, para você não ouvir.
Não quero que ouça, pois te ver de novo, só mal irá fazer.
E sabe-se-lá onde tudo isso vai parar.

Por hoje, nem sei.
Não sei mais o que falar, e só enrolo falando as mesmas coisas.
Até eu estou farta das mesmas coisas.
E de não conseguir te odiar nem por um segundo.
No final das contas, todo esse ódio é contra mim.
O erro deve ser todo meu, e talvez por isso eu deva sofrer.
Dizem que sofrendo a gente aprende, caindo a gente aprende a se levantar.
Mas eu não aprendo.
Ou talvez não queira aprender.