terça-feira, 22 de dezembro de 2009

diz que fui viajar

enquanto desaba o céu
há nuvens e flores que somem
há um grito que cala
e uma dor que escuta

dor que calada incomoda
choro de um pé que foi viajar
e nas mãos pedras sem jogar

é tudo que fica quando o resto vai embora
o grito ardido que queima a barriga espreme peito e coração

a cidade afaga e conduz
mas o lar doce lar se mudou sem avisar

sábado, 19 de dezembro de 2009

bagunça

a rua não havia
o céu só restava latejar (talvez fosse só por cima)

como surgem dois céus,
sendo que há apenas um
e ele fica pra lá

silêncio chato que insiste em incomodar
se um ruído tão distante tenta se enfiar

imersa em retalhos tenta se esconder
ostenta frente-a-fronte a balbuciar

mostra tanto que demostra o utilizar
de um afeto tão tamanho que vem a transbordar

domingo, 6 de dezembro de 2009

algumas coisas estão fadadas ao insucesso.

poisé.