quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

:D




:D

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

sempre achei que o coração merecedor das coisas
podia ser qualquer um menos o meu
achei sempre que o meu era aquele fadado a chorar
já que chorar era um hábito

chorava ralinho pelas coisas bobas, cachorro morrendo, filme de tv
chorava grosso pelo fora, pelo tapa, pela briga, pelo ódio

mas quando esse ódio tinha tudo para aumentar
crescer expandir e tomar me
ele se foi
ficou aqui um pedaço de papel
uma flor de pano
um coração

ficou me nas mãos uma vida de pequena menina grande
a vida que eu poderia fazer o que quiser
escrever torto em linhas retas

e eu me vejo por diversas vezes em encruzilhadas
onde nada sei, sozinha tenho que ir
e com medo acabo parada

e de medo eu choro (mais ainda)
e pela felicidade tão grande, meu sorriso permanece

não pensa no tempo
diz o velho deitado que é pior assim
vive a vida, vai levando
contenta com o que tem que é o que tem que ser

esquece o pesadelo
afoga a mágoa
perdoa oferece seja gentil
chegue no horário
cruze as pernas

continua me tratando bem, por favor
que disso eu preciso
pelo menos agora
pelo menos até que eu pare de chorar tanto pela culpa que não me pertence
pelo caminho que eu vou passando

por favor.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

reprise

porque tem tanta coisa que eu gostaria de ter escrito, mas alguém nasceu antes e viveu as coisas antes.

dai escreveu antes.


clique.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Qualquer coisa sobre qualqueres dias

Sonhar com dentes caindo, quebrando. Acho que não vou encontrar o significado disso num site de sonhos. Bem como a dor de cabeça que nunca sara, e um médico que me viu por 4 minutos e meio diz que não tem solução e é por causa da falta de vitaminas J, stress, noite que não dorme e dia que sacode. Não entendi.
Espero fazer um dia de sol pra que as fotos fiquem boas, porque a diferença do 100, pro 200, pro 300 e pro 400 não é tão pequena assim. Espero fazer sol, para que quando ele saia, eu sue e reclame da temperatura. Espero fazer chuva pra que molhe meus tênis furados.
Reclamo de mim, de você, do mundo, da programação da tv. Saio pra andar num dia chuvoso pra trocar papel por um sorriso que ainda não vi.
Fico sentada madrugadas conversando com um monitor que sai luzinha. Engano o chefe e rio de piadas sem graça. Às vezes não rio e ainda falo que é babaca mesmo. Reclamo do meu salário mas aguardo ansiosamente que ele chegue pra que eu possa gastá-lo, e é a coisa que paga minha roupa minha comida, meu ônibus. Não sei de que vale, mas ajuda a ganhar o salário do próximo mês. Não sei de que o dinheiro vale, mas sei que pra esse mundo ele vale.
Então por isso, sou impulsiva, sou explosiva. Aproveito o momento, mas sem aquela porquice do carpe diem que eu detesto. Vai que um carro me atropela ou uma doença incurável acorda nesta madrugada e amanhã nada serei senão uma lembrança num livro, uma foto numa estante.

[Quase esqueci de falar que também sou forte e sobrevivente de medicamentos que não fizeram minha mãe abortar e quedas durante a gravidez. Acho que era pra ser mesmo.]

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

pouca

a fatia de mundo que consta
não é a mesma que é a possível
quando a rua parece pouca
a vida parece muita

entre o chá das cinco e o jantar das sete
há o vazio de muitas coisas que não são feitas
encontra então distração qualquer
besteira tolice pra não passar branco

nessa de 'não jogar tinta na água'
vê tua vida passando
vai caminhando
ou então escolhe correr

seja lá qual a escolha
só não vá ficar na janela