terça-feira, 28 de outubro de 2008

hoje.



Mother Nature transport me under
The cherry blossom sky
The cherry blossom sky that will make me sigh
The cherry blossom sky that will make my five senses cry
The cherry blossom sky through which I will fly

Poem By Savannah Skye

e a vida que ardia sem explicação.

não aguento.
não aguento dormir/sonhar/acordar
pensando apenas.
apenas relembrando e imaginando.

não aguento mais o acender e apagar de luzes incessante.

isso vai acabar comigo qualquer dia desses.

All my friends say that of course its gonna get better 
Gonna get better
Better better better better
Better better better

sem música, sem qualquer tipo de som.
sequer o som da respiração.
nada.

hoje, nada.

domingo, 26 de outubro de 2008

Bom Dia.

Sentir aquele cheiro de manhã, sabe como é?
Não é o cheiro das seis da manhã, quando você acorda sem saber se tá acordado.
É o cheiro de ter acordado sozinho.
Cheiro da manhã.

Com gelatina ou sem gelatina na geladeira.

Bom dia,   
Olha as flores que eu trouxe pra você, amor
São pra comemorar aquele dia
Que passei a viver do teu lado
Eu me lembro, entre nós não havia quase nada.


E desde aquele dia eu ainda vivo do teu lado.

Mas você não sabe.

Então, diga Adeus.

À todas aquelas coisas que você achava que eram suas.
Aos brinquedos velhos, para que outro alguém possa brincar com eles.
Aos sentimentos que você não quer largar, e não sabe porquê.

We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl
Year after year
Running over the same old ground
What have we found?
The same old fears
Wish you were here

E aí você vem me dizer que eu não sei viver.

Então tá.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Foi apenas um blablá.

Foi bem bobo, e eu tentei ignorar.
Tentei sair correndo/fugindo/gritando/chorando/arranhando.
Mantive a classe.
Não virei o rosto.

E aí foram embora.

Andando.
Lentamente.
E eu ali olhando e falando, pra ninguém perceber o que eu fiz.

But everybody says this place is beautiful
And you'd be so crazy to say goodbye
But everything's the same this town is pitiful
And I'll be gettin' out as soon as I can fly


Sexta feira.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Burning like an angel who has heaven in reprieve.

Engoli em seco e senti escorrendo.
Nem escorrendo era, era arranhando.
E foi se alastrando e criando raízes nos meus ossos.
A cada movimento, cresce mais e se aprofunda.
A cada movimento, vai enchendo de morte o que tem vida.

Ouvi dizer.
É, ouvi dizer.
Ouvi dizer do teu olhar.
Você também ouviu.

Ask yourself how you feel
Are you really feelin' real?
What you say?
I don't know


Título.

domingo, 19 de outubro de 2008

"Sonífera Ilha"

Escrevi e apaguei.

Não me importam as janelas, a chuva.
O vento que me toca, o sol que tenta me aquecer.
Nada mais me interessa.

Sonífera.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Fora de Controle.

Totalmente.

E com janelas fechadas, portas trancadas.
A vista fica meio embaçada às vezes, sabe como é.
Melancolia rola solta feito um rio ou feito os ventos loucos que você conhece.

A panela de pressão continua chiando.
As janelas continuam batendo com o vento.
A água da torneira pinga tanto, e isso não incomoda.
O vento passa muito cortante que chega a machucar o rosto.

Desce gelado, muito gelado.
Cortando, queimando.
Me vem um flash.
E eu já nem me incomodo mais em iniciar orações com pronomes oblíquos átonos, e sequer sei se é esse o nome certo, porque já não me interessa mais.


Tanta coisa já não me interessa mais.

Mas nem tudo.

Pra quê?

Sexta, cesta.

Saco.

Maldita sexta feira.
Sempre odiei sextas feiras.
É quando a semana acaba, e você acaba vendo que passou a semana inteira sem fazer porra nenhuma.
É quando pensa no que vai fazer no fim de semana, mas vê que já tem coisa pra fazer, e nem sempre o que gostaria de fazer.

É chato.

É quando vê que nem sobrou dinheiro no bolso.
Vê que está cansado, queria sair, mas vai dormir.
Vai ficar em casa fazendo qualquer coisa, fazendo trabalhos.
Ou entediado dormindo, vendo tv, ou qualquer outra coisa inútil.

É chato.

É muito chato olhar pros lados e ver um mundo ensolarado, quando no seu mundo, chove torrencialmente.
É chato.

É muito chato não ter dinheiro no bolso pra tomar sorvete, comprar alguma roupa ou qualquer outra coisa que aparentemente não faz falta, mas faz uma falta do caralho.

E ainda por cima, "ninguém me ouve, CARALHO".
(interna do momento)

É, tá chato.

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Janelas.

E daí que essa janela proporciona uma vista melhor dali de fora.
Você está dentro.
O mundo está lá fora.

Ao invés de procurar a melhor janela, por que não sai logo?

Dá uma raiva!

Não apareceu nada, só essa chuva aí, que me faz ter vontade de sair e não voltar mais.

Vento.

O esforço pra lembrar é a vontade de esquecer.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Atendendo pedidos.

Posto a lista de novo (é, de novo) mas marcando o que eu ganhei :D
Coloco em preto&negrito o que ganhei :D

Galochas vermelhas, mas podem ser amarelas. Lisas.
Óculos com formato de coraçãozinho, tipo o da Lolita.
Óculos no modelo Wayfarer, da Ray Ban. (Mas se você não tiver dinheiro, pode achar uns similares na Chili Beans, aliás, aceito qualquer óculos de lá que me sirva).

Velas perfumadas. (valeeeeeu, Mari!)

Perfumes (é, nunca ganhei). Mas o Nina Ricci (em formato de maçãzinha) ia me deixar especialmente feliz.

Sapatos de vinil vermelhos, mas podem ser amarelos.

Sapatos de vinil bicolores P&B.

Um pôster do Johnny Depp (é, eu quero).

O DVD do filme Don Juan Demarco.
Um sobretudo preto simples.
Um par de Melissas, qualquer cor, qualquer modelo.

Uma geladeira (pode ser do tamanho de um frigobar) daquelas antigas, coloridas, modelos vintage.
Os filmes do Mad Max (de preferência os três).

Uma passagem de ida (de avião, mas pode ser de ônibus) pra Goiânia City.
Um cookie de chocolate, daqueles grandes e com pedaços grandes de chocolate (mas tem que ser quentinho).

Um carrinho de super mercado.

Duas taças de Martíni.

Uma poltrona Barcelona.

Um pôster de qualquer obra do Lichtenstein.

Um pôster de qualquer obra do K. Haring.

A Hora da Estrela, de Clarice Lispector.

Um kit com dois tacos de bets, bolinha e casinhas.

Uma bolsa tipo a da foto no início.
Uma piscina de bolinhas.

Uma pamonha com recheio de goiabada, mas pode ser de queijo.

Um vasinho novo e bonito pro meu cacto, Patrick.

Um kimono completo, tipo aqueles das gueixas.

Uma beluga, acompanhada de uma piscina.

Qualquer cacareco da imaginarium.

Qualquer cacareco da Tok Stok.

Latas de spray e pedaços de vinil.

Uma mesa de sinuca.
Um casaco vermelho de vinil, mas pode ser amarelo.

Uma camiseta do Comichão e Coçadinha.

Uma camiseta do Blondie (tem uma legal na Strutura
)

Uma compilação das melhores dances dos anos 90.
Teatro Completo de Sarah Kane.

Um boneco em tamanho original do Caco, o Sapo (dos Muppets).

Livros de design, qualquer um, pois todos tem fotos.
(Valeeeu, Yas!)
O DVD do filme Lolita.

Um coturno baixo, pros dias de chuva.

Havaianas brancas.

Um curso de flair.
Um show do Daniel Belleza e seus Corações em Fúria.

Um show do Astronauta Pinguim.
Um show dos Los Hermanos.
O DVD de Showbar.

Um show da Karine Alexandrino.

Um anão de jardim.

Um pinguim pra pôr em cima da geladeira.

Um colar comprido (comprido) de bolinhas pretas.
Caixas de suco Ades.
(Aêêê, Máh!)
Uma bolsa com desenho de Pin Up.

O DVD do filme "10 coisas que odeio em você".
Um tatame e um futon.

Uma semana num spa.

Uma tinta preta pro meu cabelo (mas caso prefira eu ruiva, uma tinta vermelho rubi, da Wellaton).

Camisetas legais que façam eu rir.

Latas de batata Pringles.

Um delineador preto (o meu acabou).
Um tapete com formato de melancia ou maçã.
Um colar de pérolas.

Meias três-quartos, sete oitavos.
Caso me dê uma meia sete oitavos, dê uma cinta liga que combine, pra prender (dispenso o conjunto calcinha&sutiã, quero só as meias mesmo).

Um pote de açaí da Trupe do Açaí (se não for de lá, aceito, mas não vai valer como presente).

Uma caixa de bombons da Kopenhagen.

Uma ida à Freddo pra tomar sorvete.

Uma ida ao Kauf pra tomar Frozen Capuccino.

Uma bolsa de paetês.

Uma cartola.

Uma prancheta, pra eu fazer meus trabalhos em casa.

Um body splash de baunilha (né, Simone?)
Ingressos pro show do Marcelo Camelo no dia 17 de outubro no Teatro Positivo.
Uma máquina de escrever (aham).
Um vale bônus na slow cópias pra imprimir trabalhos.
Um curso super intensivo de como modelar coisas e deixá-las como se fossem bonitas.
Uma coca cola gelada, nossa. (Valeeeu, Gui!)
Um cardigã (aqueles casacos que parecem ser do pai).
Um saco novo de bexigas.
Um vale-piercing pra eu furar a minha cara.


Issaê.
E ainda ganhei uma vaquinha Murilo.
:D
E uma camiseta branca todinha pra eu customizar :D
E brincos legais e pequenos que eu sempre quero comprar mas nunca compro.
E um pingente de luinha, que eu acho lindo, porque lembra o meu e da Gá que quebramos (aqueles de amizade e tchans).

Maaais dinheiro da vó \o

Mil abraços e uma comemoração compartilhada super legal.

Té.

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Spiders from Mars.

Dizem que amanhã talvez aconteça alguma coisa.
Pra falar bem a verdade, ia ser bom se acontecesse.

Falam que a nave sequer vai pousar.
Mas se ela viesse, isso já causaria um alvoroço significativo.

Traga amor, ódio, esperança...
Traga o que trouxer.
Só espero que seja bom.

Venha o que tiver que vir.
Ninguém tá pronto.
Mas beleza.

Relaxa.

(Segunda, nhé.)

He's not your kind.

domingo, 12 de outubro de 2008

Palavras Rosadas.

Easy.

Domingo chato.

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Um, dois, três...

Só hoje me dei conta.

Me dei conta do passar dos anos, e de como tudo na minha vida (isso não é exclusividade minha) acontece super rápido.
Tá ali, aah, acabou.

E foi assim o ano inteiro.

O ano sequer acabou, mas ás vezes é a sensação que eu tenho: que ele acabou.

Nesse ano, tanto as coisas boas, quanto as ruins, aconteceram.
E isso também não é exclusividade minha.
Mas como é a minha vida que está sendo posta em questão...

Passei no vestibular, comecei faculdade.
Tive dúvidas, elas foram embora.
Perdi uma pessoa muito querida pra mim, e isso ainda me dói como se fosse ontem.
Igual a quando eu te vi no ano novo.
E você já nem sorria mais, e sequer estava lá.
E então enquanto eu tomava banho, eu chorava por não ver mais seu sorriso.
E fui embora sem saber quando te veria de novo.
Te vi, mas não foi como eu gostaria.
Esse assunto ainda me traz muitas lágrimas, e sempre trará.
Mas está tudo bem, não está, Di-chan?

Coisas de coração já nem gosto mais de falar.
Próximo.

Votei.
É, pela primeira vez.
Fui uma daquelas jovens que não tinham mentalidade suficiente para votar aos 16 anos.
É, admito.
Acho que até hoje nem tenho, mas enfim.
Votei, e ainda comprei maçã do amor e cocada de maracujá na saída.

Viajei de férias pra casa da vó.
Olhei pilhas e pilhas de fotos.
Ouvi centenas de histórias.
Comi comida de vó até passar mal e voltar pra casa.
Pra comidinha leve da minha mãe, que nunca me faz mal.

Me descobri mais estressada do que imaginava.
E como isso destrói a minha saúde sem que eu perceba.
O médico vira e fala que tudo o que tenho de ruim em mim, e não consigo controlar, está me controlando e fragilizando.
Tome estes medicamentos.
Estou tomando.

Quase desmaiei na rua, e chorei de medo.
Chorei por ser tão frágil e não poder me controlar.
Por ter medo de ficar cega, e não ver tudo aquilo que eu via.
Por não ter dado adeus, por não ser quem alguém procura.
Chorei.
É, esse ano eu chorei.

Chorei, mas vejo que choro menos.

Esse ano eu cresci.
Senão por fora, um bocadinho por dentro.

Comi cocada, passei mal por comer comida ruim.
Passei mal por não comer.
Passei mal por não dormir.

Passei mal, mas estou aqui.
E agora se não inteira, um pedacinho de mim está bem.

Me descobri insignificante diante do mundo que me cria.
O mundo vai me moldando, e eu do meu jeito, vou tentando moldar o mundo que me rodeia, ao menos.

Fiz planos, e muitos foram jogados ao vento.
E todas as folhas jogadas ao vento, estão lá.
Alguns eu ainda vou reencontrar, outros, nem faço questão.

Mudei de aparência achando que isso me ajudaria a mudar por dentro.
Não ajudou muito, mas ajudou a mudar a maneira como me olho todas as manhãs.

Porque ninguém precisa saber do que acontece aqui dentro.
Alguns sabem, outros saberão.
Mas há os que nunca vão saber.
E vão achar que encher uma boca de dentes é estar feliz.

Aprendi a me importar menos com o que os outros dizem.
Aprendi a me importar mais com o que os outros dizem.

Não aprendi a tocar violino nem gaita de fole.
Sorri do fundo do coração.
Tirei uma tarde (ou mais) só pra tomar sol e conversar.
Tirei uma tarde só pra ficar no vento, mas sem frio.
Dei vexames, mas acho graça.
Me orgulhei de coisas que fiz, e assim continuo seguindo.

Não fiquei mais horas e horas no telefone, falando tão pouco, mas falando tanto.
Não sorri daquele jeito que só uma pessoa me faz sorrir.
Mas descobri sorrisos novos que existem em mim.
Aliás, descobriram em mim.
Conheci tanta gente especial, que vai ficar comigo pra sempre.
Se não fisicamente, aqui no coração certamente.

E então é assim.
Não é hoje que acaba a minha infância ou juventude.
Ainda sou criança e acho que jamais vou deixar de ser.
Assim, do meu jeito.
Alternando humores bruscamente.
Loucamente vivendo tudo aquilo que quero, não quero, querem, ou me fazem querer viver.

Mudando a cada dia o meu conceito de felicidade,
odiando e ora amando aquilo que chamam de amor.

Não acaba hoje, e nada diferente vai começar amanhã.
É apenas um número que muda, mas o mundo se importa com números.

Porque a cada dia que passa, nasce uma nova pessoa.
Mesmo que ela não seja aquilo que todos procuram, ela está lá.
E talvez seja você a pessoa que ela quer encontrar.
Talvez tenha encontrado, mas as coisas não costumam ser recíprocas.
Quando são, já eram.

Esperei tanto, e lamento por não ter aqui comigo agora, as pessoas que quiseram tanto essa data como eu.
E lamento por não poder receber alguns presentes.

Sim, eu fiquei segurando as lágrimas segurando fotos.
E segurei mais ainda, quando ouço a notícia de que uma amiga viria só pro meu aniversário.
Sim, só pro meu aniversário.
Só pra gente comemorar juntas.

De qualquer forma, ela está sempre aqui.

Nada mudou.

domingo, 5 de outubro de 2008

Você acha engraçado?

Estava lá eu, fazendo sei lá o quê.
Talvez estivesse só deitada, olhando pro teto e pras minhas meias.
Vendo a luz.
Colocando um pé na frente da luz, depois o outro.
E depois o outro.

Tocou o interfone, campainha, telefone, sei lá.
Tocou.
Fui atender.
Ah, era a campainha.
Pelo olho mágico deu pra ver pouca coisa.
Porque o que tinha ali era coisa pouca mesmo.
Abri a porta.

Olha, uma menininha.
Cabelos negros e compridos.
Cabeça baixa.
Céus, quem é você?
...
Quer entrar?
Então me olha nos olhos, e eu quase me perdi naquele oceano que eram seus olhos.
Entrou, se sentou.
Sem a menor cerimônia, mas super cerimoniosa.
Peguei água, como se adivinhasse que ela tinha sede.

Tomou a água em goles pequenos, leves.
Quase dava pra sentir.

Quer conversar?
Só me olhou de novo com aqueles olhos fundos, de cores indefinidas.
Esboçou um sorriso, que foi a coisa mais linda que já vi.
Colocou docemente o copo na mesa, apertou os dedos.
Baixou os olhos.
Quis abraçar, quis segurar ali comigo, para sempre.
Mas meus braços não eram suficientes.
Me faltaram braços, ou talvez coração.
Quer ficar aqui para sempre?
Eu sempre estive aqui. Você não percebeu?

Silêncio.

Então ela se acomodou num canto qualquer.
Se embolou com almofadas e tapetes velhos.
Dormiu.
Então fiquei ali, imóvel.
Vendo aquela coisa tão pequenina, com um rosto marcado de lágrimas.
Lágrimas que ela mesma se recusou a enxugar.
Como se fossem cicatrizes, marcas.
Coisas que não se pode apagar.

Sem saber, adormeci.
Ali sentada mesmo.
Com uma mão segurando o queixo.

Já amanhecia, e eu dormia.
Dormia e sonhava com qualquer coisa.
Tinha lenços, vento, cores.
Acordei.

Aonde ela está?
Aonde foi?
Como posso ficar sem?
Ela vai voltar?

Ela sempre esteve aqui.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Então....sabe?

Do nada, me pula um blog.
E eu nem precisava ler.
Aparece tanta gente todos os dias, sedenta por atenção e tudo mais.
Ah, não tô fazendo nada, vou ler.

É.

De que adianta escrever quando se está feliz, não é mesmo?
Quando estou feliz, faço mil outras coisas.
Quando estou feliz, acho que vivo.
Já hoje, respirei.
Respirei um pouco, parei, pensei.
Escrevi umas duas palavras num pedaço de papel e fiz uns rabiscos.
Colei na parede e enchi minha parede de coisas.
Assim vou esvaziando o chão.

Falta uma semana.
Uma semana.
Esperei tanto por isso.
E agora me parece bobo.
Me parece pequeno, diante de tanta coisa que eu quero e não posso ter.
Isso já era certeza.
Isso viria, e virá.
Mas e tudo aquilo que eu nem vou ter mais?
E que algo me faz lembrar todos os dias, e nem os sonhos mais insanos que ando tendo, me fazem esquecer.

Chega a ser engraçado.

É uma perda de tempo, se você for pensar bem.
Pois se a pressão externa é maior do que a interna, a bexiga irá murchar.
Somente com a pressão interna igual a externa.

E ainda riem.

Não é legal enxergar através de uma janela e não ver coisas palpáveis.
Pois se lá fora faz Sol, por que é que dentro chove?
Aqui é coberto.
Lá não.
E aqui chove.
Lá não.

Bom dia.
Olha as flores que eu trouxe pra você, amor.


Não, amor. O buraco é mais embaixo.