quinta-feira, 31 de julho de 2008

Viajando no Sono.

Ontem falamos tanto de sonhos, e nesta noite eu sonhei.
Acordei e lembrava perfeitamente o que tinha acontecido.
E prometi a mim mesma que não sairia da cama sem lembrar tudo o que tinha sonhado.
Aí dormi de novo.
Mas lembro que era um sonho ruim.
Que me deixou com muita raiva.
E me fez acordar com o rosto cheio de lágrimas.
Mas agora nem lembro o que sonhei.

Aí a dor de cabeça veio e me matou de novo.
Tomei um remédio e agora estou caindo de sono.
Tentei ler coisas, mas as palavras ficaram todas dançando na minha frente.
Céus, preciso organizar meu relógio.

Acho que fiz o que tinha pra fazer.
A irritação passou.
As coisas ruins andam passando bem rápido ultimamente.

Ah, chega, vou dormir.

Forever Lost.


Arrumei o quarto, ou pelo menos tentei.
Hoje realmente não tava no ânimo de arrumação.
Hahaha.

Ficou muito porca a arrumação.
O guarda roupa com roupas todas dobradas, mas empilhadas.
E nada foi pro lixo dessa vez.

Viajando numa Quarta-Feira bem parecida com as outras...

E a Senhora dos meus pensamentos sempre acaba caindo no mesmo lugar.
Por quê?
Não sei.
Sei que por um instante, que está durando até agora, mas vai passar... me senti de um jeito ruim.
De um jeito que achei que tinha ficado pra trás!
De um jeito que me faz enxergar quão vulnerável sou e fico escondendo isso de mim mesma às vezes.

As cores ganharam vida diferente.
Diferentes significados.
Consigo ver isso claramente.
Mas por vezes (como agora), não consigo tocá-las.
Como isso?
Eu as tocava tão facilmente ainda hoje pela tarde.
Pela manhã.
E como certamente o farei amanhã e depois.
Até que caia sobre mim uma tempestade que vem não sei onde e não sei para onde vai.

Ah...essa montanha russa que me domina.
Já cheguei a ouvir até que é falta de leite na minha alimentação.
Porque leite tem/libera triptofano, que auxilia a liberação de serotonina.
E é isso que me deixa de bode.

Então tá, deixa os outros pensarem que é a falta de leite que me deixa assim.

Sair de casa é se aventurar, né?
E do nosso amor, é só a gente que sabe, né?

Sim, do meu amor, só eu sei.
E tem um tipo de amor aqui, que eu ainda não dividi com ninguém.
Esse alguém não chegou.
E deve estar pra chegar.
Porque já não enxergo mais só o lado ruim.
Enxergo muito mais claramente o lado bom, agora.

E isso é uma delícia.

Eu cansei da nossa fuga.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Viajando numa Quarta-Feira diferente.

Foi diferente, né?
Sair de casa foi super legal, e o friozinho que me deu na barriga, só de pensar em encontrar pessoas novas foi super bom.

Agora tocam umas músicas, mas a vida aqui dentro acontece tão rápido que nem sei o que toca.

O jantar está quase pronto, e são 19:22
Surgem uns amigos do nada e vêm falar comigo.
Tenho coisas pra fazer, céus tenho coisas pra fazer.
E essa dor de cabeça que não me sai da cabeça.
E só quando ela me sai da cabeça, é que ela some.
E eu quero mesmo que ela suma.

Não sei muito bem o que falar.
Sei que encontrar pessoas diferentes foi super divertido.
Meus olhos estão ardendo.
E a cada segundo que passo parada pensando na frase seguinte, me convenço de que hoje a postagem está sendo totalmente inútil.

Pensei e falei com a Gardênia.
Eu falo dela pros meus amigos.
Até porque a saudade que eu sinto é imensa mesmo.
E a cada dia que passa, vai se multiplicando e vai virando uma bola gigante grande e gorda.

Ah, cansei.
Deixa eu procurar a música.
Antes que isso aqui se torne uma obrigação e deixe de ser legal.

O que tá rolando na cachola.

(Se ser hostil funciona: OUVE AGOOOOOOOOOORA, DROGA!)

terça-feira, 29 de julho de 2008

Viajando na Luz.


Escolhi uma foto que representasse a expressão que se acomodou sobre minha face, QUANDO ACABOU A LUZ AQUI EM CASA!
AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!

É horrível, Céus.
Já aconteceu dezenas de vezes, não necessariamente nessa casa, nem nessa cidade, nem neste mês, muito menos neste ano.
Mas aconteceu.
É terrível.
Ainda bem que ainda era dia.
Senão teríamos que procurar enlouquecidamente velas pra poder enxergar um palmo a frente do nariz.
Aí ainda era dia, né?
Eu estava lendo a segunda linha do comentário da Taís, eu lembro.
Tinha alguma coisa a ver com morangos...PUF.
E do nada, um grito que estava na minha garganta saiu.
E na casa ao lado aconteceu a mesma coisa.
Pois um grito muito semelhante se juntou ao meu, e logo em seguida o de minha mãe:
"NÃO PRECISA GRITAR, DROGA."

Desci as escadas, jurando que era só aqui.
Aposto como foi só o meu pc que desligou, deve ter dado problema.
Vou precisar de outro pc.
Droga, é na casa inteira.
Droga, nas casas ao lado também.
Minhas vestimentas cotidianas que ando ostentando por uma semana quase completa, me impediram de sair perguntando na vizinhança se ali também.
Então fui na caixa de correio com minha bela roupa.
Camisola azul clara com uma Hello Kitty na frente.
Jaqueta azul marinho mais curta que a camisola (a mesma que aparece na foto)
E uma bela calça de moleton verde com cordão branco.
Mais meias vermelhas com riscos brancos e chinelo levemente lilás.
Cabelo preso ensebado e tudo mais.
Peguei a tal da conta que estava na caixa e voltei.

Quantos minutos passaram mesmo?
Cinco?
E eu não consigo viver sem essa maldita da luz, ah, não acredito.
É, pior seria se fosse água.
Ufa, ainda bem que não foi a água.

Imagine, ficar sem tomar banho?
Ehn...sem luz também não dá pra tomar banho, a menos que seja frio e você esteja disposto a pegar alguma enfermidade.
Droga droga droga.
Come alguma coisa, vai.
Comi.

Quero ouvir música, DROOOOOOOOGA SOU ESCRAVA DO MEU COMPUTADOR, ADMITO!
Agora a luz pode voltar.

Brilhante idéia.
Por que não ligo pra reclamar?
Beleza.
Cadê o telefone.
Aqui.
Número de inscrição.
Aqui.
"Bla bla bla whiskas sachê falta de luz disque um..."
*Vai e disca um.
"Bla bla bla bla whiskas sachê encaminharemos sua ligação bla bla bla whiskas sachê..."
(...)
"Bla bla bla whiskas sachê sua ligação está sendo gravada."
"- Ô mãe, eles gravam, não vai dar pra xingar."
"Alô."
"Oi, tá faltando luz na minha casa."
"Número de inscrição?"
"bla bla bla"
"É só na sua casa ou na vizinhança?"
"Sei lá, moro num condomínio e têm três casas, tá faltando nas três. O resto eu nem sai pra ver."
"Hmm..ponto de referência?"
"Mãe...? Ponto de referência...?"
(mãe) "ah...ehn....fala tal ponto."
"Tal ponto, moço."
"Sua reclamação bla blabla seu número tal (não lembro)."
"Uhum."
"Alô?"
"TÁ BOM, ENTENDI."
"Sua reclamação foi registrada bla bla bla whiskas sachê."
"Obrigada :B"

Pronto, reclamei.
Que droga, volta logo luz.
Sou escrava, volta!
Me pedem calma.
Como calma?
Não dá pra acender a luz!
Não dá pra acender a luz!
Não dá pra fazer naaada!
Nem brincar de palitinhos porque não tenho palitinhos.
Nem brincar de sombras, porque aqui não tem velas.

*Plim.

VOLTOOOOOOOOOOU AÊÊÊÊ!!!!

Tô aqui.

Sorrindo até que a porta se feche atrás de mim.


(Se você nunca ouve as músicas, essa é super legal, vai. OUVE!)

Viajando nos Morangos e muito mais.

Humm, adoro morangos!
Não sei se ganham de maçã verde, maçã, pêra...
Sei lá.
Mas são ótimos!
Fiquei aqui comendo e lendo.
Comendo e falando.
Comendo e ouvindo.
E tudo pareceu muito melhor com o sabor de morango.
Acho que todo mundo devia começar o dia comendo um morango grande e mutante super docinho.
Aí já dá um sabor todo gostoso pro dia que está pra começar.

Ah, odeio quando falo coisas felizes demais!
Aí fico com cara de bobona e rindo sozinha.
É legal e gostoso, mas fica mais cansativo do que quando me enfio nas coisas sombrias que pulsam e escorrem e espirram e morrem e revivem aqui.
Hahahahahaha.

Credo, tô muito alegrona!
Nem sei, acho que é porque hoje, depois de dias, sai do meu casulo (leia se : "casa").
E encontrei amigos.
E ficamos ali, fazendo nada, que nem fazíamos quando sobravam alguns minutos pra fazer nada.
E conversamos.
E parecia que foi ontem que a gente se largou.
E faz tipo...umas duas semanas.
Ah, nem é tanto tempo.
Hohohohoho.

Achei um poema excelente.
Fiquei um tempão rindo.
Créditos à Moça do Sutiã 44.

Resta um morango na vasilha, e não sei se mais um estrapolaria a minha vontade que estava muito sedenta por morangos.
Vá saber.

Ai ai, no meio de tantos amores malditos, nem sei o que dizer.
Sei que estou ansiosa pras aulas.
Estou cansando de ficar em casa, mas ficar em casa ultimamente, tem adquirido um sabor todo especial.
Sinto saudade de acordar cedo junto com o Sol.
Mas adoro ir dormir logo que o Sol vai nascendo.

Ai ai, vou logo comer o último morango.
Tá na metade.
Ainda não terminei.

Strawberry Fields Forever.

domingo, 27 de julho de 2008

Viajando no Puro Suco do Tédio.

Acordei era tarde.
Céus, era tarde.
Sem fome, nem frio.
Comi qualquer coisa, só pra não sentir fome depois.
Voltei, e fiquei vendo filme.
É o meu filme favorito, não importa o que digam.

Ah, tô sem sal hoje.
Deixa a animação pra amanhã e o verão pra mais tarde.

Sequer sei o que falar.
Blé.
Não li nada.

sábado, 26 de julho de 2008

Viajando numa tarde de sábado normal.

Normal.
Tá tudo tão normal.
Televisões ligadas.
A vida acontece num ritmo super lento lá fora.
E aqui dentro, parou.
Às vezes sopra uma brisa leve.
Mas os ventos sem direção foram todos da porta pra fora.
E que vão ter sua perdição pra longe de mim.

Essa perdição louca que veio e foi embora (graças).
Essa perdição que me agradou, me entorpeceu, e agora ficou em algum canto.

Encontro pares de meias soltos pela casa.
Como algumas coisas inúteis apenas para passar aquela sensação de fome.
Passa filme, e me chamam.
Mas prefiro ficar aqui.
Comigo.

Andei vários dias sem rumo.
Sem caminho, sem direção.
Tinha apenas o vento como companhia, e essas pedras no chão para ouvir meus tristes lamentos.
Procurava o quê?
Nem sei mais.
Encontrei alguns amigos, amores, beijos loucos e abraços inesquecíveis.
Encontrei umas cores que faltavam nos meus olhos.
E encontrei alguns sons e cheiros, que não sei explicar.
Encontrei e perdi.
Mas apenas perdi o que não havia encontrado.
O que encontrei está aqui.
É só abrir esse universo que pulsa aqui dentro.

E encontrei um brilho novo.
Um brilho totalmente novo.
Estava aqui o tempo todo.
Era aquilo que eu procurava.
E achei.
E todos os sorrisos foram muito mais soltos.
E as cores ficaram todas muito mais bonitas.
E tudo o que me deixa triste, me faz rir.

Tô feito aquela piada sem graça que todo mundo ainda ri.
E com esse monte de balões presos na minha cabeça, continuo indo e rindo.
Mesmo com as dificuldades, acho que o maior dom é encontrar motivo pra sorrir.
As coisas aqui andam meio difíceis ultimamente.
Mas ainda não me abati.
E fico espalhando pros vários cantos como eu estou.

E eu não quero nem saber.

Tororororóm.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Sweet sweet smile.

(Risinho cheio de malícia)

Sabe, acordei diferente hoje.
Pode ser porque acordei lá pra mais de meio dia.
Já era tarde.
Não dá nem pra chamar de acordar.

Mesmo com uma dor de cabeça dos infernos (que ainda não passou) e com o estômago embrulhado a dias e dias, acordei bem.
Vi que não há necessidade de enfiar sentimentos obscuros e ininteligíveis dentro do peito, só pra justificar as escolhas e as renúncias.
A cabeça é minha.
E eu faço dela o que quiser.
O que vem de dentro de mim, pode tentar me controlar, e me encher de fraquezas.
Mas não vai me controlar.
Mas não é assim com todo mundo.

É meio estranho, mas às vezes surgem aqueles lampejos.
E pra quê fazer tanto drama?
É, é duro dar um sorriso às vezes.
Mas aquela velha história do copo meio cheio ou meio vazio, é verdade.
Eu enxergo ele vazio, absolutamente.
Admito.
Não vou falar que enxergo meio cheio, pra parecer bonito e parecer uma pessoa legal e que tenha uma vida feliz e faça as escolhas certas sempre.
E nessa coisa que chamam de vida, a gente se machuca tanto.
E sai um tanto quando machucados, depois de tudo que acontece.
Mas que graça tem uma vida em que tudo dá certo?
E que histórias a gente vai ter pra contar, daquelas marcas que ficaram?
Essas marcas não podem ser um motivo pra tentar esconder as histórias e mascarar sentimentos que ainda magoam.
Reparei ultimamente, no dom que tenho de fazer piadas das desgraças que acontecem comigo.
Algumas ainda machucam bastante, mas consigo rir espontaneamente, mesmo que por dentro me façam chorar.
São engraçadas.
São realmente engraçadas.

O problema é que as pessoas precisam nos falar as coisas, pra cair a nossa ficha.
Pra gente ver que elas tão certas.
É impossível se gostar, se alguém não gosta de você.
Que motivos você encontra pra se gostar, se ninguém gosta?

Eu sei que lá dentro de você, você sente pena de si mesmo.
E não sei porque.
Sente pena, e fica enfiando mil coisas estranhas no seu peito.
Pra talvez assim, se sentir melhor consigo mesmo.
E você não consegue enxergar as dimensões do estrago.
Você só se cala e deixa as coisas te guiarem.
E elas vão te guiando.
E enquanto você fica tempos pensando só em você, não vê que se esqueceu de você.

Sabe, já fui o tipo de menina que se ajoelhava e chorava.
E chorava muito muito.
Queria que alguém fosse e resolvesse as coisas.
E ia assim, me escorando nos outros, pra poder me sentir melhor.
E vi que não é assim que acontece.
A gente não pode se escorar nos outros, e sim dar as mãos.
E ir juntos.
E é assim.
Já perdi as contas de quantas mãos eu tenho.
E pode ter certeza de que se você segurou firme a minha mão, eu não vou soltar.
Eu nunca solto.

Pensei em tanta coisa pra falar, mas esqueci.
(Risadas)

Acho que vou pôr uma música.
Fiquei aqui, ouvindo músicas com o papai.
E uma em especial, me fez muito sentido.
Talvez faltem alguns personagens da história, ou não.

É, a grama é mais verde sem você.

A música que dá nome ao título.
:D

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Esqueci o título, aí ficava dando erro.

11/07/08


Pode me bater, Simone.

Não entendo nada de tênis. Hahaha.

Eu jogava tênis naqueles jogos do Super Nintendo, perdia sempre e nem sabia porquê.

Ah, é muito divertido assistir!


16/07/08


Fiquei cinco dias sem escrever.

O máximo eram as palavras cruzadas do jornal.

Tava enlouquecendo.

Há dias não durmo bem.

Meu corpo todo dói.

Estou com muitas saudades.

Dói ver que já não me sinto mais tão confortável aqui.

É acolhedor.

Mas não é a minha casa.

Andei tanto.

Passei por lugares da minha infância.

Me vi correndo por aí nas ruas.

Me vi caindo.

Me vi chorando e levantando.

Ouvi as minhas risadas que ficaram perdidas por aí.

Me esvaziei inteira (ou quase).

Chorei o que tinha pra chorar.

Sorri de verdade.

E agora sinto que sou eu.

Me descobri como me fiz.

Descobri do que é que sou feita.

Separei cuidadosamente as caixas mais próximas e as mais distantes.

Quis jogar algumas fora.

Mas vi que elas já estavam jogadas.

E ao relembrar, as tirei do limbo no qual estavam quase totalmente esquecidas.

“Não, não...essa é importante.”

Meu gosto já não é mais o mesmo.

Minha cor favorita, qual era mesmo?

E essa comida? Poxa, eu adorava...

Me olhei no espelho, então.

O mesmo espelho de sempre.

Aquele que eu nem alcançava.

Credo, como envelheci.

Tenho tão poucos anos, mas às vezes parece que tenho muitos.

As coisas não são mais as mesmas.

O piso mudou...

Adorava quando era carpete.

E faz alguns dias, meu sorriso sumiu.

Sinto falta das minhas coisas.

A minha cama.

Os meus cantos.

Aonde eu nem me acho, mas não me canso de tentar.

E tudo foi tão repentino.

Feito uma enxurrada.

A diferença é que as coisas não foram embora.

Ficaram todas.

E aos pouquinhos vão escorrendo.

E um dia, vão sair todas de uma vez.

Pra quê pressa?

E no final das contas, vi minhas fases.

Tenho fases de ser tão menina.

Outras, de bancar a mulher.

Tenho fases de falar.

E outras de ouvir.

São tantas...

Me resta aprender a conviver.

Foi um descanso, e ainda está sendo.

Mas algumas coisas estão muito reprimidas aqui.

E não posso deixa-las gritar agora.

Agora não.

E um pouco mais de descanso fará mal.

E não quero mal.

Estou revigorada.

Pronta pra começar tudo de novo.

Melhor dizendo, continuar.

Algumas coisas aqui estão saltitando e faiscando de felicidade.

Aliás, me surpreendo ao usar a palavra “feliz” mais vezes numa frase.


Roxette.

Incubus.

Mr. Big (essa vai pro Rafa).


(vai vir muito mais. Agora peguei o caderno pra escrever...)


*Terminei de ler Lolita! (aleluia!)


19 (quase 20)/07/08


Céus.

Como eu bebi nessa festa.

O mais incrível é que estou bem.

Fiz o quatro, to escrevendo...

To consciente, céus.

To com sono, muito sono.

Saudades tá implícito.

A Simone vai embora.

Vai fazer faculdade.

Vai morar sozinha.

E eu torço muito pra que ela seja feliz.

Talvez por eu estar tão feliz por ela, não chorei.

Não chorei ainda.

(Risadas, muitas risadas)

Aí fiquei sem saber o que falar.

To sentindo o cheiro do creme que passei.

E vi como é fácil me satisfazer.

E esse cheiro me satisfaz.

E as tais mudanças exteriores mudam a gente por dentro.

Me sinto velha, apagada.

Me sinto meio infantil.

Minha letra tá péssima (acreditem) e vou parar, porque ainda lembro da (impossível entender essa parte), e estou prestes a esquecer.

Saudades, saudades.

Muitas.


21/07/08


São 02:45 da manhã.

Estou enjoadíssima e minha cabeça gira.

Meu cabelo tá com um cheiro horrível de tinta.

Deve ser por isso o enjôo.

E então, minha vista virou um monte de mandalas assimétricas.

Todas pretas com um azul metálico.

Sei lá se era metálico, mas piscava.

Ora estrelas, ora ondas.

Quero ver Femme Fatale.


É, acabei de transcrever tudo.

Credo, é muito pouco.

No final das contas, escrevi super pouco.

Levando em consideração 13 dias fora de casa.

Aconteceu tanta coisa, mas ao mesmo tempo aconteceu tão pouca coisa.

Comi, e como comi.

Engordei, e até meu pai falou que a minha cara ta redonda.

(Não visualize uma bola)

Cortei, pintei o cabelo.

Fiquei com uma cara meio diferente.

E algumas coisas em mim mudaram.

Reparei na minha enorme necessidade de expressar as coisas até o talo.

Expressar de todos os modos, para que fique tudo o mais explícito possível.

E enxerguei pouco sentido nisso.

Convivi com pessoas diferentes.

E vi que aqui é mesmo o meu lugar.

O meu lugar de agora.

O lugar de depois, não será mais aqui.

Será lá.

(Mas isso é outro papo)

E convivendo com outras pessoas, aprendi a ver outros pontos de vista.

Eu já sabia, claro.

Mas não tanto.

Aí vi como é viver a vida por outro lado.

Acordar a hora que quiser, fazer comida se quiser.

Comer se quiser.

Sair de casa se quiser.

Nada mais me prendia.

Não havia tantos horários.

Não havia tantas responsabilidades.

E vi que viver assim não é legal.

Não é legal voltar pra casa e não ter alguém esperando.

Alguém que vá sorrir e te acolher.

Tirar os sapatos e sentar.

Sentar e conversar sobre o dia que passou.

Viver assim não é legal.

É o tipo de vida que me espera um dia.

Mas espero que esse dia esteja longe.

É triste viver assim.

É triste conviver com um monte de lembranças, e não poder fazer nada para reaviva-las.

É triste ver que sobrou um par de sapatos, umas camisas nos cabides.

Uns perfumes que ele nem usava mais.

E toda a bagunça dele, cuidadosamente arrumada.

E que ninguém ousou mexer até agora.

Parece que ele saiu.

Foi viajar.

Foi passear pra algum lugar.

Mas ele pode voltar a qualquer instante.

E ele vai voltar, não vai?

Ele tem que voltar.

Ele faz falta.

Como a gente faz pra almoçar sem ele?

A gente tem que esperar ele pro almoço.

“Isa, chama ele pro almoço.”

Ele não ta no sofá.

Ele não ta no quarto.

Sequer na sacada.

Aonde ele ta?

Fiquei uns dois dias com essa impressão.

Aí então, fui visita-lo.

Como dizem, o novo endereço dele.

Cheguei lá.

As lágrimas já me enchiam completamente o rosto.

Fazia bastante sol.

Acendi uns incensos.

Ajeitei as flores.

Sentei.

Ele sempre me falava pra sentar, ficar confortável, me sentir bem.

Sentei.

Fiquei ali, conversando.

Eu falei, você gostava de ouvir, não é?

E em meio a lágrimas e risos, vi o tempo passando ali.

Parecia uma menina rindo sozinha, mas não era.

Você estava ali.

Levantei, andei pelas ruas.

As pessoas me olhavam de um jeito estranho.

Vai ver foram as lágrimas que ficaram todas no meu rosto, e esse sorriso meio de lado, meio triste que me restou.

Faz falta, viu.

Faz muita falta.

Como será o Natal?

E o Ano Novo?

E o aniversário?

E quem vai reclamar do meu cabelo caindo no olho?

Vai falar que eu cresci, só pra animar.

Vai me olhar com aqueles olhos cinzentos, feito água corrente.

E vai me contar todas as histórias da minha infância, que eu nem lembro mais.

Agora, como eu me sinto?

Vamos ao saldo de quase fim de férias.

Me sinto bem.

Me sinto mais leve.

Parece que algumas coisas voaram pra longe, ou pelo menos tão presas feito balões de gás.

E não mais aqui dentro, enchendo o saco.

Algumas coisas não fazem tanta falta quanto parecem.

E outras fazem bastante.

Sinto falta de amigos que estão longe, mas fico super feliz por ver cada um se encaminhando e fazendo o que gosta.

Afinal, o que está aqui dentro de nós, não muda.

Podem passar dias, meses, anos...

Não muda.

Vejo a Simone com intervalos de meses, e nunca muda.

Sempre é igual.

E eu adoro isso.

Não vejo a Gardênia faz uns dois anos.

E dói muito.

Mas quando a gente se ver, vai ser igual antes.

Mesmo a gente tendo crescido um pouco, ainda somos as mesmas.

Aquela Gardênia, sei que é a mesma que vai me ensinar muito ainda.

E eu ainda sou aquela Isabela que tem muito pra aprender com a Gardênia.

E até os amigos mais recentes, fazem falta.

Só vendo pra saber como o tal do Rafael e a tal da Johanna, e o tal do Design fizeram uma falta pra mim.

E estão fazendo, porque ainda não os vi.

Aquela saudadezinha boa.

Porque quando a gente se ver, vai ser bem melhor.

Estamos todos muito melhor.

A distância às vezes é essencial pra fazer a gente se sentir melhor.

A ausência não é o melhor remédio.

Mas a tal da ausência física faz um mal que traz junto um bem.

Me renovei, de verdade.

Me sinto super bem.

E de volta com essa vida de “pera aí, to postando. Cinco minutos!”

Aah, é ótimo estar de volta.

:D

Trilha de viagem de sempre.


quarta-feira, 23 de julho de 2008

Querida, chegueeeeei!

Cheguei de férias!
Escrevi um bando de coisas.
Mas agora nem animo de colocar.
Tô em processo de :

papel-pc-papel-pc.

Amanhã eu termino isso.

MAÔÔE!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Férias.

Vou tirar férias.
Terminei as provas e tudo mais.
Estou indo viajar e vou ficar um tempo fora desse ambiente.
Este ambiente que está lotado de mudanças que estou assimilando ainda...

E vou ficar em lugares que me lembram tempos velhos.
Tempos velhos que são imutáveis e constantes.
E que me fazem bem, e me fazem sentir como se nada no mundo me abalasse.
Vou me mudar também.
Preciso de um ambiente quieto e parado para me mudar por dentro.
Mudanças interiores e exteriores não combinam.
No caso, as exteriores seriam as à minha volta.

Vou ir de férias, e este blog vai ficar mais uma vez sem as postagens diárias.
Desagrada muito a mim, mas acho que essas férias (de verdade dessa vez) vão me fazer bem.
Mas sei que vou ir em alguma lan house, casa de amiga, ou o que vier.
Não aguento ficar sem isso aqui.

Sei que no caminho de casa hoje, eu chorei.
Nem sei o porquê direito, mas chorei.

E essa música não me saiu da cabeça.

Yesterday.

Boas férias.

terça-feira, 8 de julho de 2008

I'm a Cuckoo.

Nem tenho muito pra falar.
Estou super estressada hoje, nem sei porquê.

Prefiro deixar apenas uma música, só pra não passar em branco.

I'm glad to see you
I had a funny dream
You were wearing funny shoes
You were going to a dance
You were dressed like a punk but you were too young to remember

Glad to see you
I'm outside the house
I'm not thinking right today
I've got no energy
I'm glad that you were waiting with me
Tell me all about your day

Breaking off is misery
I see a wilderness for you and me
Punctuated by philosophy
And a wondering how things could've been

I'm happy for you
You've made it hard for me
I counted on your company
You were staying with your friends tonight
I'm feeling sorry for myself
I keep taking everything to be to be a sign

I'm happy for you
Now I know this hurt is poison
Too sharp to be bled
I'm sitting on my empty bed
On my empty bed
At night the fever grows it's pounding pounding

I'd rather be in Tokyo
Id rather listen to Thin Lizzy-oh
Watch the Sunday gang in Harajuku
There's something wrong with me, I'm a cuckoo

Scary moment, lovin' every moment
I was high from playing shows
We lost a singer to her clothes
My trouble raised its ugly head
I was revealed
And I was home in bed
I was a kid again

Jesus told me, go after every coin like it was the last in the world
And protect the wayward child
But I'm a little lost sheep
I need my Bo peep
I know I need my Shepherd here tonight

Breaking off is misery
I see a wildness for you and me
Punctuated by philosophy
And a wondering how things could've been

Id like to see you
But really I should stay away
And let you settle down
I've got no claims to your crown
I was the boss of you
And I loved you
You know I loved you
It's all over now

I was there for you
When you were lonely
I was there when you were sad
I was there when you were bad
Now it's my time of need
Im thinking, do I have to plead to get you by my side?

I'd rather be in Tokyo
Id rather listen to Thin Lizzy-oh
Watch the Sunday gang in Harajuku
There's something wrong with me, I'm a cuckoo.

Belle & Sebastian - I'm a Cuckoo.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

A aventura do dia.

Todos os dias a gente passa por aventuras.
Mas algumas passam tão despercebidas, que a gente nem considera aventuras.
A de hoje, não sei se seria uma aventura.
Foi uma coisa de me meter muito medo.

Sai de casa correndo, me preocupando com o livro que tinha que devolver.
Me preocupei com coisas sei-lá-quais.
Sai correndo mesmo.
Só vi que tinha muito sol.
Os carros passavam como sempre.
Alguns olhavam pra mim e soltavam comentariozinhos vulgares, vai saber.
Algumas pessoas me olhavam, e pra outras eu era completamente invisível.
Chego no ponto de ônibus.
Tudo normal.
Uma cena que se repete desde meados de quinta série.
Encosto um ombro, e me apóio.
Fico olhando o movimento da rua.
As pessoas passando.
Os carros passando.
Surge uma manchinha branca na minha vista.
Ah, deve ser porque vim correndo.
Ah, deve ser o sol.
Então surgem mais manchinhas.
Então, que nem aqueles efeitos toscos do Movie Maker, a minha vista inteira se dissolveu.
E daquele monte de cores, a próxima tela era um branco brilhante.
Um branco brilhante com pontinhos pretos pequenos, imperceptíveis.
Esfreguei os olhos, baixei a cabeça.
Como era mesmo o exercício?
Inspirar por 4 segundos, segurar por 4 segundos e expirar por 4 segundos.
Nem isso eu consegui fazer.
E não dava pra ver nada.
Nada mesmo.
Não dá nem pra falar que eu fiquei na escuridão.
Eu fiquei na claridade.
Será que morrer é assim?
Aaah, não pode ser.

Vi um vulto passando.
Do jeito que eu tava, poderia ser um cachorro.
Uma criança, ou até um poste andando.
Aí essa pessoa, era uma senhora.
Acho que caiu do Céu.
Vai ver era um anjo.
Vai saber...
Me levou até em casa, conversou comigo.
Me contou coisas que me fizeram rir.
Ligou para o meu pai, e coisa e tal.

Falei com o meu pai, senão ele ia achar que eu tava a beira da morte.
Fiquei um pouco em casa.
Tomei ar, suco, sal.

Sai de novo, morrendo de medo.
Vai que eu passasse mal, caisse?
Cheguei bem.

E tá tudo indo agora.
Só estou meio preocupada.
Ultimamente ando passando mal com muita frequência.
Parece que algumas dores interiores estão se tornando exteriores.
Parece que tá ficando tudo cada vez mais exposto e escancarado.

Sei lá.

(Na volta pra casa, a Senhora estava lá. Ela deve ser um anjo.)

domingo, 6 de julho de 2008

What Katie did?

Toda vez acontece igualzinho.
Já reparei nisso.

Aí aparece alguém e me promete maravilhas com as quais eu sempre sonhei.
(Ou não, vai, tô sendo dramática)
E nisso, a pessoa se cansa.
Depois de todas essas coisas, aprendi que sou cansativa.
Realmente sou uma pessoa cansativa.
Aí a pessoa se cansa de mim.
E eu não cansei.
A isso, damos o nome de fim.

Eu me acomodo.
E me acomodo demais.
Me acostumo a viver uma rotina tal.
E me acostumando a viver uma rotina tal, não quero abandonar essa rotina.
Aí um belo dia (?) essa rotina me abandona.
E ficamos nisso.
E ficamos aqui.
E estou aqui.

Conversando aqui, sem grandes profundidades, reparei que sou um constante despetalar.
E quero marcar isso em mim.
Porque já está marcado, mas não está.

Nem sei mais o que eu tô falando.
(De novo)

Mú.


Sem censuras, ok?

sábado, 5 de julho de 2008

Vai lá, vou tentar de novo.

Sempre tive uma dificuldade imensa em me expressar.
Não consigo desenhar o que sinto.
Não consigo falar, muito menos escrever.
Consigo fazer umas comparações que em nada tem a ver com o que eu realmente queria falar.
E nisso, quem vê entende errado.
E coloca palavras na minha boca, falando que fui eu que falei.
E eu não falei.
Eu não consigo falar.

Achava que depois de me despetalar quase que por completo, e começar a catar todos os caquinhos que ficaram jogados por ai, as coisas melhorariam.
E até parecia que tinham melhorado.
Mas não melhoraram.
Reparei que me reconstrui de um jeito que não gostei.
E não gosto de como estou.
Sinto que estou me enganando muito.
Estou agindo mais, levando em consideração os outros.
Uma vez me falaram que a gente tem que viver esse tal de "luto" quando acontecem coisas ruins.
E vivendo esse tal de luto, a gente respeita a própria dor.
E respeitando a própria dor, a gente vai aos poucos se curando, ou aprendendo a conviver com a dor.
E pensei que havia superado essa parte.
Jurei que tinha conseguido.
Mas consigo enxergar que estou me enganando demais.
Fico pensando no quão incômodo isso pode ser para as pessoas, e me forço a melhorar.
E não estou melhorando.
Sinto que estou a cada vez mais afundando para esse buraco que eu tanto temia.

Aí fico sentada no meio de muitas pessoas, e o meu sorriso já se tornou uma coisa tão minha, que não conseguem associar Isabela a qualquer outra coisa.
Mas é totalmente o oposto.
O melhor sorriso que eu poderei dar, é aquele que ninguém vai enxergar.
E muitas vezes a minha alegria está disfarçada de solidão.
E essa solidão me mata, mas é muito essencial.
E eu fico aqui com esse monte de lembranças que ficam saltando na minha frente.
E me fazem sempre parar, pensar e ficar perdida querendo voltar.
Queria voltar, queria muito voltar.
Queria voltar para aqueles paraísos que as pessoas pintavam pra mim, e eu pintava pra elas.
Era tão bom.
E agora, nem sequer um retrato sobrou.

Se você estivesse aqui, talvez eu lembrasse de escovar os cabelos.
Comer direito, tomar banho.
Lembraria de dormir bem, me fazer bonita por dentro e por fora.
Se você estivesse aqui, talvez eu lembrasse de que a vida é bonita, e qualquer dor a gente supera.
Eu lembraria de tudo isso.
Mas você não está.
E eu nem lembro mais como é que se faz tudo isso.
E queria muito lembrar.

Como é que eu faço com esse teu sorriso e o som da tua voz que se tornou tão familiar pra mim?
Como é que eu faço com todos aqueles domingos que a gente nunca teve, e a conversa que eu sempre quis ter mas não tivemos tempo?
Como é que se faz?
Como?

Queria por um segundo poder esquecer tudo.
Só um segundo.
Um piscar de olhos.
Para poder respirar bem fundo, e daí continuar.
Como eu faço, se até nos meus sonhos você me persegue?
E quando menos eu espero, lá está você para me lembrar de tudo aquilo que a gente nunca chegou a fazer.
E o que eu faço agora com aquilo que você deixou aqui?
Se as suas coisas estão espalhadas por todos os lugares?
E aquelas coisas que você deixou no meio dos meus livros?
E aquela camisa amassada ali no canto do quarto?
Se até a sua escova de dentes está aqui, e o seu braço ainda está no meu ombro.
Se o seu cheiro ainda não saiu do meu nariz, como eu faço para ele ir embora?
Como eu faço?

A música que não havia colocado.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Morrendo de sono.

Reparei que fico com mais sono quando durmo.
E ando dormindo bastante.
Aí, consequentemente, fico com muito sono.
E nem sei porquê.
Sei que viciei na tal da Regina.
Fico ouvindo sempre e pensando nas músicas.
E a voz dela não me sai da cabeça.
E ando com muita saudade das minhas amigas.
(Pra variar)
Ultimamente estou bem preocupada com as minhas amigas.
Sei que elas estão em situações nada fáceis.
E me sinto muito mal por estar aqui, incapaz de dar sequer um abraço.
Incapaz de ouvi-las.
O máximo que faço é digitar algumas palavras, mas isso não conforta.
Assim como não estou nada confortável com essa saudade que só cresce dentro de mim.

As notas estão indo bem, obrigada.
Peguei uma final, obrigada.
Mas mereci, vai.
No começo não estudei muito e mal tinha entendido a matéria.
Não tinha pegado nada nada o ritmo.
E agora que peguei o ritmo, as aulas vão acabar.
Quem mandou ser devagar?
Aí vêm as férias pra me desacelerar.
E aí, pra acostumar de novo, como vai ser?
Por isso decidi ler muitos livros e fazer coisas que façam eu me sentir uma "não-completa-inútil".

Até peguei trabalhos de colegas pra fazer.
Assim me sinto mais útil.
É bem clichê, mas é gratificante ajudar.
É super clichê, vai.
Mas percebi que sou um grande e imenso clichê que curte ajudar e ainda espera o tal do amor pra vida inteira.
Credo, pareço uma sessão da tarde.

Meu quarto está ali, desarrumado de novo.
E hoje, enquanto voltava pra casa, morrendo de frio, pois esqueci de pegar mais blusas, fiquei pensando e não sei no que me tornei.
Vejo que já não faço as coisas que gosto de fazer.
Nem sei mais do que é que gosto de fazer.
Mas as coisas que eu gostava, já não me vejo mais fazendo.
Não sei aonde foi parar o Sudoku.
Não faço a mínima idéia de onde foram parar as palavras cruzadas.
E os filmes?
Cadê os filmes daqui de casa?
E aquelas músicas que eu ouvia?
E cadê a Isabela passando as madrugadas lendo e lendo?
Carreguei todos esses dias, um livro na bolsa.
Um livro que sempre quis ler, comprei e li mais da metade.
Tive que parar de ler, e carreguei ele na bolsa, para que eu lesse.
E já não consigo mais ler que nem antes.
Sinto que já nem escrevo mais que nem antes.
Cara, como eu sou repetitiva!

Tá frio, e não sinto a mínima vergonha de falar que não lavo o cabelo mais todos os dias.
Percebi que o mundo quer que a gente se arrume e fique bonita e faça as coisas sempre como devem ser feitas.
E se você não faz, você não é aceito pela maioria.
E nem quero ser aceita pela maioria.
Quero apenas coisas sinceras.
O problema é que essas coisas sinceras costumam ser ruins.
Enfim.

Já nem sei mais que músicas colocar, acho que ninguém ouve, e eu nem consigo mais ouvir nada que não sejam músicas calmas que me acalmem e sosseguem um pouco esse ritmo acelerado que ninguém consegue ver.
Sei lá o que as pessoas vêem.
Talvez eu fique enchendo isso aqui de blá-blá-blá e elas me enxerguem como eu sou.
E eu fico aqui fazendo um super drama.
E elas sabem como eu sou, me entendem e tal.
Talvez seja assim, mas vai saber.

Sinto falta do velho trajeto de volta pra casa.
Sinto falta da outra casa.
Aquelas paredes me acolhiam (haha).
E sei lá, aquele caminho.
E o modo como eu levava uma vida mais despreocupada.
Mudou muita coisa.
Esse ano, sinto que foi cheio de mudanças.
Costumava falar que o ano passado foi um dos piores para mim.
Aliás, foram tão poucos anos de vida, que o ano passado conseguiu ser o pior.
(Ah, não. Foi o retrasado)
Aí esse ano, na metade...
Sei que foi um ano "diferente".
Experimentei muita coisa nova, menos drogas.
Faculdade, pessoas novas...
Tanta coisa nova.
Mas no fundo, acho que é tudo uma releitura de coisas que já vivi antes.
Mas vieram todas em um formato novo, e com mentalidades diferentes.
Antes era mais fácil.
Agora é tudo um pouquinho mais complicado e mais real.
Como se na escola de antes, a gente estivesse no modo "practice".
E agora a gente tá no "Easy".
Pra depois ir pro "Normal" e pro "Hard".
(Dá pra entender?)

Sei lá, vou procurar qualquer coisa ou música pra por aqui.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Excepcionalmente...

estou aqui escrevendo.
Estou na faculdade, e as pessoas à minha volta estão todas fazendo trabalhos e se ocupando.
Estou aqui a toa.
Aí comecei a ouvir músicas.
E descobri que sou uma grande fã da Regina.

Fiquei aqui, sei lá, ouvindo e pensando.
E como sempre, pensar não faz nada nada bem.
Aí fiquei ouvindo aquelas vozes que saem da minha mente, e relembrando.
Relembrar às vezes devia ser pecado.

Deixo a música.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

E a trilha de agora...


Regina Spektor.

Acho que neste ano, ouvi críticas acerca da cantora.
Eram boas, e sempre pensava "uau, vou escutar".
Mas sempre esquecia.
Aí hoje, vendo as comunidades da Gardênia, vi uma da Regina.
Só pensei que devia ser realmente muito boa.
Aí baixei.
E estou ouvindo.
E realmente é muito boa.

Hoje nem fui a aula cedo.
Até porque não tinha aula pra ir.
Só pensei que ia dormir até mais tarde, mas quando fui me dar conta, tava levantando da cama ao meio dia.
De tarde saí com a mãe e avó.
Passeamos, e ganhei duas roupas de baixo de presente.
São de bolinhas.
E fiquei rindo ao ler na etiqueta : Design Íntimo.
(Faço faculdade de Design.)

Estou meio sem ter o que falar.
Fiquei muito sem palavras hoje.
Ainda tava deitada na cama, quando ouvi minha mãe e avó conversando.
Então minha vó começou a falar do meu avô.
E ela começou a chorar, e falar do quanto ele faz falta.
Isso me deixou super pra baixo.
Porque ele realmente faz muita falta.
Ultimamente, não tava dando pra ir ver ele direto...
Mas a gente sabia que ele tava lá.
Que a gente ia chegar num fim de semana, e ele ia estar lá.
Sentado no sofá dele, esperando a gente chegar.
Aí a gente sentava na sala, e ficava contando as nossas novidades.
E ele ria muito de mim.
Ele ria, e falava pra eu prender o cabelo.
Falava que não gostava de quando meu cabelo caía no olho.
Desde que era criança.
Às vezes eu tava comendo, aí ele vinha e tirava o cabelo do meu olho.
Esperava eu terminar de comer, pegava a tesoura e diminuía o comprimento da minha franja.
Ele sempre gostava quando eu usava a franja retinha e o cabelo preso.
Ele adorava quando eu prendia o cabelo.
E faz muito tempo que não prendo o cabelo.
Toda vez que prendo, lembro dele.
Lembro dele a todo momento, pra falar a verdade.

Tô querendo mesmo ir dormir, e ver se lançaram as outras notas.


Comunicação Oral E Escrita 8,0
Teoria Da Cor 8,2
Representação 1 9,5

A-ê!

Voltando...
Tô pensando em ir dormir.
Não gosto muito de entrar no quarto enquanto as outras pessoas estão dormindo.
De alguma forma, isso interrompe o sono.
Sei lá.

Sei que minha garganta realmente tá um lixo.
Ela não era assim.
E de uns tempos pra cá, ela ficou muito muito ruim.
Fica ardendo o dia inteiro.
Se eu bebo alguma coisa, parece que ela piora.
Se fica seca, fica pior.
Se eu durmo, ela acorda ruim.
E por conta da minha abstinência de café por hoje, estou com uma dor de cabeça terrível.
Desde que fiquei consciente de que tinha acordado.

Tem duas caixas de sabonete Francis aqui na minha frente, e eu adoro o cheiro do sabonete Francis, porra!
Ganhei um penduricalho de celular, e ele tem aquele sininho que fica fazendo um barulhinho *glimglim.

Tô com dor de cabeça.
Vou sair.
Tchau.


(Selinho do início, que me foi dado por Olhos Virtuais.)
Envio para:
Ná. (que já recebeu, eu seei)
Tem uns outros aí que também são...mas nem falei nada pra eles.
Pra eles eu sou um pedaço da grande rede.
Enfim, ficaria muito sem jeito.
Qualquer um que esteja devidamente favoritado, já é de tirar o chapéu (pra mim).

terça-feira, 1 de julho de 2008

Bad Time.


Não estou apaixonada.
Se é que algum dia estive.
Devo ter me apaixonado sim, uma porção de vezes, mas fico aqui fazendo um tipo de malvada.
Nem sei pra quê.

E ultimamente ando muito mesmo sem ter o que falar.
Vejo que escrevo uns dois parágrafos, que pra mim dizem a mesma coisa.
E aí penso em apagar tudo e deixar quieto.
Deixar pra escrever qualquer merda outro dia.
Mas nem sei porquê, ando escrevendo do mesmo jeito.

Tô meio perdida, isso sim.
E fico ouvindo umas musiquinhas pra lá de fundo de copo.
Acordo e me arrumo.
Ando me arrumando bastante nesses dias.
Sei lá, me surtou alguma coisa e fiquei vaidosa.
Não sei se aos olhos dos outros eu pareci bonita.
Mas aos meus, eu me senti um pouco bonita.
Me olhava no espelho, e mesmo com cara de sono, conseguia achar alguma coisa de bonito em mim.
Até no final do dia.
Cansada, maquiagem borrada e tudo mais.
Olhava e via um sorrisinho de canto, de satisfação.
De confusão, de desilusão.
Um sorrisinho de quem não viveu muito, mas de quem tá tentando viver.
Tá sofrendo e sorrindo.
Acho que tô vivendo.

Odeio ficar me sentindo do jeito que estou agora.
É um jeito muito sem graça, que não consigo definir.
Mas tô me sentindo tão fraca, tão sem graça, tão sem-sal.
Tenho muita vontade de gritar tudo o que está aqui ardendo em mim.
Mas me falta força e vontade de gritar.
Sinto muita vontade de ficar quieta no meu canto, até que essas coisas sosseguem.
Até que eu saiba o que fazer, o que falar.

Estou inquieta.
Sempre depois de uma crise eufórica, eu fico assim.
Inquieta.
E quieta.
Querendo ficar ali no meu canto, mas querendo que venham até mim e me confortem.
Querendo ficar quieta, e abrindo a boca pra falar uma meia dúzia de palavras, que não dizem o que eu quero dizer.

Ouço pessoas cantando suas canções.
Há sempre belas canções.
Algumas que eu tento, mas não consigo entrar no ritmo.
Não sei o que fazer, e vejo que não sirvo.
Vejo que pra elas, eu sou apenas platéia.
E eu não gosto de ser platéia.
Mas sou platéia.
E ando tendo que me conformar com isso.

Vejo pessoas falando coisas de que não sabem.
E isso me dá raiva.
Vejo pessoas abusando de outras.
E isso me deixou com tanta raiva a ponto de secar as minhas lágrimas que não saíram.
E agora estou sei lá, ouvindo aquelas mesmas músicas fundo de copo.
Os intérpretes e as letras são diferentes.
É tudo diferente.
Mas tudo fala da mesma coisa.
É tudo a mesma coisa.
E estou com uma dor muito ruim no meu peito.
Como se uma luz estivesse se apagando.
Como se estivesse chegando o fim de qualquer coisa.

Estou com muitas saudades, porra!
Só consigo pensar nisso.
Toda hora, todo momento.
A cada segundo que passa, só sei pensar nisso.
Até nos meus sonhos, eu sonho com isso.
Ando sonhando com tempos felizes.
E isso não anda me dando muita força.
Porque até nos sonhos, eu sei que é sonho.
É uma coisa muito inatingível no momento.
E o conforto que eu ando precisando, é aquele lá do sonho.

Ah, chega.