sábado, 24 de julho de 2010

Coração

Quando algo vem, parece que todas as coisas pipocam ao mesmo tempo, para testar sua paciência, seus limites. O que for.

Bate a saudade de tudo o que se foi, das pessoas que não verei mais. De abraços com data marcada. Das mais belas amizades que cultivei, e vêm sendo mantidas com muito carinho.

Não sei explicar a saudade de tantas conversas que não vão a lugar algum, ou de risadas que só por nós são compreendidas. Da cumplicidade do nosso olhar, que se manteve intacta. Alegria é ver como nossos hábitos foram sendo substituídos, e de nós duas ainda se encontra um vínculo grande e crescente. Saudade é não poder te encontrar por acaso numa esquina, no supermercado ou na escola. Saudade é isso bem grande que explode aqui.

A tristeza de se estar triste. Como se não houvesse o direito de chorar, quando tanta coisa boa acontece. Não sei, não sei.

Não sei resumir um sentimento numa frase, um pensamento numa estrofe. Não sei controlar meus pensamentos, meu fluxo, meu sono, meu ódio, muito menos o meu amor.

Sei que sem tudo o que faz parte de mim, não sei nem chorar.


Preciso

Qual será a palavra que perdoa, que consola, que anima.
Ou o nome desse sentimento ruim que nem sei se é culpa, ódio, tristeza, inconformismo ou se é só um ciúme idiota mesmo.

Queria ter o dom da palavra, saber explicar e desculpar. Queria não passar mais um dia sentindo uma dor de um sentimento que se alimentou sozinho e de repente saiu.

Não quero o tempo, quero uma solução imediata que melhore tudo aqui e agora. Quero menos km separando as pessoas. Quero um lenço que não grude, uma tristeza que se dissolva e evapore. Quero sol todos os dias do ano, chuva nas noites, doritos no armário. Quero tristeza que não exista. Quero coração que rapidamente se recupera, ciúme que morra, insegurança idem.

Quero aprender tanta coisa ainda, que não sei. Eu que sou pequena e criança.

Mas antes de deitar, quero só mais um abraço, daquele dos grandes. Um beijo também, dos grandes. Igual a você e seu grande coração.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Pois então

Tem dia de ser feliz e sorrir.
Mas hoje acordei sem vontade de acordar, trabalhei sem vontade de trabalhar.
Até mesmo comi sem fome, e então não sei o que fazer.
Me sinto tão igual a qualquer coisa sem importância, que agora não sei mais onde estou e pra onde vou.

Hoje, de novo, novamente, mais uma vez, choro sem parar. Por uma solidão em partes.
Por uma ingratidão que parece tão evidente, sem sentido e sem noção.
Se há o dia ruim de estar triste, hoje é o meu.
E se o bad hair day é só um dia, o meu vai demorar um pouco mais.

Apaga isso, deleta, atualiza, finge que não leu. Porque a importância de um choro qualquer é nenhuma quase zero.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

bosta

bosta