terça-feira, 18 de março de 2008

Terça. Terça. Terça. Terça. Terça.

Puxa vida.
Como me sinto meio estúpida postando quase todos os dias.
Ontem eu postei?
Ah, sei lá.

Esse tempinho 'frio-não-frio' acaba com o meu humor.
E o tempo quente também.
E o tempo realmente frio também.
Acho que odeio o tempo.
O tempo fede.
O tempo passa, você ganha tempo, mas vai perdendo tempo.
E de repente, viu que não fez nada.
E morre.

Hoje, acordei atrasadíssima pra aula.
Quando acordei, deveria estar na sala.
E isso acabou com o meu humor.
(Tem umas outras coisas, mas isso são detalhes.)
Sai correndo de casa, e fiquei o dia inteiro me sentindo a pessoa mais suja e feia.
Tomei banho, lavei a cara.
Mas me senti tão feia o dia inteiro.
Não que eu me importe com o que os outros dizem...
Mas são aqueles dias que você olha a cara no espelho e diz :
"Puta merda! Mas é o cão!"
Não vá dizer que nunca se sentiu assim.
Até a Miss Universo deve se sentir assim...

Fiquei até mais tarde lá no ceféte (utê-éfe-pê-érre), e lá pelas sete, ou sete e meia, estava em casa.
Não precisa nem dizer como é a cara de total desaprovação e desconforto em me ver chegando mais tarde em casa.
E isso me dá um puta desânimo.
Quando consigo algo no que me agarrar e me interessar, parece que os outros se incomodam.
Egocêntrica?
Claro, muito.
Se você ainda não percebeu, melhor abrir os olhos.
Mas me preocupo muito com as pessoas que gosto.
Acho que às vezes mais do que comigo.
Aí me pergunto se sou egocêntrica mesmo.
Vai saber...

Acho que sempre me senti meio em 'segundo plano'.
Em casa, na escola...
Qualquer lugar.
Sempre alguém tirava notas melhores, notas piores.
Alguém arrumava namoradinho antes...
Sempre alguém era muito melhor do que eu no que eu queria ser.
Ou no que eu pensava que era boa.
Talvez isso se chame 'invejinha'.
Mas a minha inveja nunca prejudicou ninguém.
E eu a guardo à umas mil chaves.
(Junto com o ciúme imperceptível.)

E, poxa.
Voltei pra casa me sentindo tão incompleta e inútil e cocozete.
Nem uma chuva e nem uma lagriminha pra dar uma lavada em mim, pra eu me sentir mais limpa...
Aliás, chorar é uma coisa cada vez mais difícil.
Teve uma época, que eu chorava quase todos os dias.
No quarto, na sala, na escola.
No banheiro.
Abraçava alguém e chorava.
Não abraça, e chorava.
E agora?
Agora já nem choro mais.
Mas quando choro, parece que o mundo desaba, as paredes caem, o chão sobe e o teto cai.
(A parede do quarto é testemunha.)

E sinto falta de ter tempo pra fazer umas coisas que gosto.
Sair com amigas que já nem vejo mais...
Tomar sorvete e andar sem rumo.
Deitar no chão e ficar pensando em nada.
Contar estrelas, ou qualquer outra coisa que pareça boba...
Mas que me faz ficar com um sorriso bobo por um tempão.

Sinto falta das minhas amigas.
Aquelas.
Aquelas que a Isabela fala toda hora.
Aquela conversa que só elas sabem ter comigo.
Tanto que nem precisamos mais conversar.
Só o olhar já diz tudo sem precisar dizer nada...

Percebi como a minha rotina mudou...
Antes, acordava tranquilamente, ligava o mp3 e ficava ouvindo enquanto tomava café.
Agora nem ouço mais, e nem tomo café.
Ficava vendo tv e fazendo tarefas.
Agora nem vejo mais tv.
Antes escrevia mais.
Agora escrevo o quê mesmo?
Talvez antes eu chorasse mais.
E talvez agora eu chore mais, mais por dentro.
Só sei que não sei o que quero.
Não sei o que me completa.
Não sei mais nada.

Já abracei umas vinte pessoas hoje.
Muitas são bem queridas.
Conheço pouco, mas são queridas.
Só o fato de estarem lá, já é um tremendo conforto.

Enfim.
Chega.

Pra não perder o hábito que nem é um hábito:
http://www.youtube.com/watch?v=agfI6Z5sBJw

Um comentário:

Rafael Kumoto disse...

Só pra não passar o post batido, deixo aqui um comentário.
É que o dia foi corrido pra mim e sequer entrei na internet... :/

Será que você vai ler isso? Se ler, escreva embaixo... :)

E acho que não falo mais nada, pois o dia já passou e eu não falei a tempo. E passado é passado. Beijos!