sábado, 23 de agosto de 2008

"Em breve, seremos milhões."

Acho que essa foi a frase que eu mais escutei durante a semana.
Talvez mais do que os "né's".
Talvez mais do que todas aquelas músicas que me transportam pra qualquer lugar quando eu fecho os olhos, ou olho pro nada.
Tudo isso me faz ficar meio boba, no estilo 'babando e escorrendo'.
Amarelo.

Sei lá quantas mentiras eu me inventei, para que quando olhasse pro espelho, pudesse rir.
Dar umas belas risadas, daquelas de doer a barriga.
Mas as mentiras nunca duram.
E eu nem quero que elas durem.
Mentiras pequenas, bobas, só pra me distrair.
Depois eu enfio elas nas caixas, lacro e envio pra qualquer lugar, ou jogo da ponte.

Coisas gritam, ainda gritam.
Gritam não sei de onde, e fico olhando perturbada para todos os lados, na esperança de que eu possa fazer algo para silenciar.
Mas o que há para ser feito?
Nada?
Talvez seja nada, ou talvez não seja de mim que saia a mão que acariciarIA seus cabelos e te acalmarIA lentamente.

E o que foi tudo aquilo?
Um simples som foi capaz de me transportar pra outro mundo.
Sei lá qual o nome, deve ser nostalgia.
E de repente, eu virei aquela menina de treze anos.
Aquela que era sempre quieta.
Sempre.
Que mal abria a boca, nem para rir.
Tinha olhos virados para o chão, com medo de olhar pra frente e se magoar e perder.
Que apertava as mãos uma contra a outra, na esperança de encontrar ali, nela mesma, um abrigo.
E algumas coisas não mudaram.
Meus olhos não olham mais sempre para a frente.
Mas talvez, a maior parte do tempo.
Sou humana, penso em desistir às vezes.
Penso em parar, jogar todas aquelas coisas pro alto e sair correndo por aí.
Pular em algum abismo, e continuar caindo.
Deixar de ser isso que sou, e soltar as mãos.
Mas isso, eu nunca fiz.

Faz tanto tempo que não olho pras estrelas.
Porque eu sei que elas só aparecem quando há alguém.
Quando estou sozinha, elas somem.
E o que me sobra, são as luzes da rua.

As coisas não estão cinzas por aqui.
Estão azuis.

Eu tinha inventado um nome e uma cor.
Que eu daria só pra você.
E então ela seria assim, sua e minha.
E eu havia escrito aquela música pra você.
Que mesmo não sabendo cantar nem tocar, eu cantaria e tocaria pra você.
E ela sairia tão de dentro da mim, que soaria linda.
E mesmo chorando, eu iria sorrir.

E agora eu estou aqui atravessando mil caminhos distintos.
Alguns são bem intrigantes.
Outros são muito tentadores.
Mas os mais tentadores, também soam muito repulsivos.
E eu grito mais uma vez, em desespero.
Um pânico terrível.
Uma dor inexplicável.
Uma dor que faz rir e chorar.

Por que é que as coisas têm que ser assim?
Não faz sentido.

Às vezes, eu gosto de ser mais do que amiga.

Para todos aqueles menininhos, garotos, rapazes que algum dia me deram um fora.
Desde a segunda série, me fazendo rir e depois chorar.

Valeu!

3 comentários:

S. H. disse...

já disse que te amo hoje?
não?
eu te amo.
:D
não importa quantas vezes as luzes acendem e apagam.

mayara c. disse...

eu ia fazer um daqueles comentários gigantes. mas eu esqueci o que eu ia escrever.
e como eu tô me sentindo igualzinho, vou mandar só isso aqui mesmo:

oi, eu li.
e te amo.
eee.

Vaninha® disse...

Acho que todo mundo já passou por isso né?
Bjs e boa semana.