terça-feira, 17 de março de 2009

a valsa.

Não me surpreendo mais ao descobrir que pessoas têm coração.
Até aquelas pessoas que parecem as mais podres, as mais vis, as mais cruéis. Até essas possuem.

Sou bem daquele tipo que se derrete por qualquer flor. Seja ela rosa, vermelha, azul, margarida, begônia, gardênia, mosquitinho, tulipa...ou até um trevo de três folhas.
Mas sou do tipo que se encanta com qualquer pedra.

Preciso ler livros e me entregar à uma quarentena, pra não me sentir influenciada. Pois logo que fecho um livro, carrego as palavras e expressões. E é deveras sem sal se valer de palavras de outros e chamar isso de estilo próprio. Por que é que tô falando isso?

Sei que pela janela do ônibus, vou vendo todo o passado. E vejo múltiplos caminhos de futuro, todos tentando me convencer, e eu aqui sem saber. Deixo rolar, deixo acontecer. Deixo vir o que vier. O que quer que for, que quiser ocupar esta lacuna. Estou a cada dia mais, enxergando coisas diferentes e explosões multicolores que pipocam de todos os lados e de dentro de mim, pra fora, pra dentro, pros lados, pra cima, pra baixo.

Mesmo com tudo aquilo que aperta o peito forte, e feito um tapa na cara, me faz ter vontade de parar...há o que me faz sorrir. Sorrir com todos os dentes, ser feliz. De olhos abertos, ou fechados. Não sei quando, só sei que já me perdi.

De repente, não mais que de repente.

5 comentários:

mayara c. disse...

às é preciso a gente se perder pra se encontrar...

isabela. disse...

clodovil virou purpurina ;/

Anônimo disse...

=)

Mafê Probst disse...

E eu me vi em cada linha que tu escreveu. Principalmente à parte dos livros.

E não queira ver o passado através de janelas, nem muito menos tente prever o futuro. Apenas viva.

PS: Hoje é meu dia de escrever lá no Lar.


Beijo bonita ;*

.carolina. disse...

os outros que nós lemos um dia também tomaram as palavras de alguém. é assim que a gente se constrói. somos produto do que fizemos do que fizeram de nós, e aqui roubo as palavras de sartre e as estrago um pouquinho. mas o que somos além disso? oq lemos é grande parte do que somos, não há como negar, e aprendemos a pensar com as palavras que achamos nas paginas, as palavras não-nossas que definem tudo muito melhor doq conseguiriamos. assim a gente vai carregando cada autor dentro de si, vomitando as frases deles, porque elas acabam sendo nossas, e é um consolo quando nos achamos nelas.