sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Frio frio frio.

E nem choveu e nem nada.

Caíram uns pingos de chuva tão finos, que atravessaram esse véu que coloquei em mim.
Tentei absorver umas cores para tornar as coisas mais verdadeiras.
Mas então ouvi 'esfrie essa cor'.
Fui lá e esfriei.

E no meio de tantos papéis, descobri um coração também de papel.
Tá meio amassado, mas agora tanto faz.
Tanto faz o que passou e o que virá.
O que acontece é tão parado que chega a me fazer andar pra trás.
E mesmo que tudo tenha um ritmo frenético, ainda encontro tempo pra fechar os olhos.

Acordar desorientada no meio da noite.
Desço, bebo um copo d'agua.
E ele desce tão gelado, esfriando tudo o que encontra.
Vai ver andou passando pelo coração.
E isso me partiu.

Bem como minha vida sempre foi repleta de despedidas e choros.
Sempre largando coisas para trás, quando elas ainda estavam inacabadas.
Largando amigos em rodoviárias.

É tudo normal.
É tudo igual pra todo mundo.
Se não agora, depois.
Talvez nunca.

Vai saber.

Edições de filmes de casamento.
(vale a pena ver)

Música.
(fazia tempo que não colocava uma, e o vídeo me enfiou ela na cabeça. E eu não quero que ela saia.)

Para a lista de presentes, posso acrescentar:

Uma máquina de escrever.
Virgens Suicidas (′The Virgin Suicides′), de Jeffrey Eugenides (livro)

Por hoje não quero mais nada.
Só pra não abandonar aqui mesmo.

Um comentário:

mayara c. disse...

não foi só você que teve a cor mandada esfriar.
tá esfriando.
tudo.

pelo menos, mãos geladas, coração quente.
não vi a edição dos filmes de casamento com medo de me deprimir.