quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Parou.

Posso ouvir o vento passar,
assistir à onda bater,
mas o estrago que faz
a vida é curta pra ver...

Eu pensei..
que quando eu morrer
vou acordar para o tempo
e para o tempo parar:
Um século, um mês,
três vidas e mais
um passo pra trás?

Por que será?
...vou pensar.

- Como pode alguém sonhar
o que é impossível saber?
- Não te dizer o que eu penso
já é pensar em dizer
e isso, eu vi,
o vento leva!
- Não sei mas
sinto que é como sonhar
que o esforço pra lembrar
é a vontade de esquecer...
e isso por que?
Diz mais!

Uh... se a gente já não sabe mais
rir um do outro meu bem então
o que resta é chorar e talvez,
se tem que durar,
vem renascido o amor
bento de lágrimas.

Um século, três,
se as vidas atrás
são parte de nós.
E como será?
O vento vai dizer
lento o que virá,
e se chover demais,
a gente vai saber,
claro de um trovão,
se alguém depois
sorrir em paz.
Só de encontrar... ah!...

Não diz tudo, mas diz muito.
E ficou na minha cabeça o dia inteiro, mesmo que eu não lembrasse nem um verso.

E o vento pára e anda e pára.
E bate nas pedras todas as vezes.
E não cansa de bater.
Bate mais algumas vezes.

Três vidas não seriam suficientes para bater quantas vezes têm que bater.
E nem que as pedras quebrem e tudo se faça ilusão.
Nem que a água vire areia e os sonhos virem medo.
E mesmo que as águas não digam ao vento...
O vento sabe do que elas são feitas.
Mesmo que não se toquem, eles se tocam sem saber.

E então se desmancha tudo.
Tudo outra vez.
Aquilo que era uma colcha de retalhos.
Virou um pavê com passas.
E depois se tornou nuvem.
E de nuvem, virou solidão.

E se ela é doce, não faz mal.
Que mal algo doce pode fazer?
Se fosse amargo, ou azedo...
Azedo até vai, mas amargo é ruim.
Doce nada faz.
O máximo que pode acontecer, é enjoar.

*Lista de presentes na postagem ante-anterior.

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