terça-feira, 22 de abril de 2008

Não tem trabalhos pra amanhã!

Iés!
Eu fiz eles semana passada, ou antes.
Eu fiz!
Iés!
Posso dormir, correr pular, comer, ver tv, UAU!
Tá, tem uma apresentação sobre gavetas (chata) que tenho que ler, e coisas de psicologia pra pensar, mas isso é de menos.
Enfim.
Nesses últimos dias, me senti tomada por um ânimo estranho...
Tem tanta coisa ruim acontecendo, mas não tô ligando.
Às vezes me dá medo até que ponto isso pode ser bom ou ruim, sei lá.
Mas por enquanto não tô ligando, e isso me deixa feliz.
Não que eu seja completamente indiferente, mas isso não anda me afetando.
(Acho que cresci.)
(Até ontem era uma criança...sniiiiiif, como eles crescem rápido.)

E é isso, por hoje, meus olhos ardem, tomei decisões (ou não).
Por hoje eu sorri, falei, pulei corri.
Fiz coisas importantes, me senti um pouco menos inútil no mundo.
Terminei de ler um livro, paguei uma multa.
Fiz um desenho bonito (Tá, foi sábado), recebi um elogio sobre ele.
Coloquei uma blusa vermelha, e gostei de ficar de vermelho.
Ficava com calor, depois com frio.
Mas tudo bem.

Senti um ventinho de leve no rosto, e apesar de detestar frio, do ventinho eu gosto.
Senti um solzão me queimando os olhos, mas gosto disso.
Deitei a cabeça no colo do Kzau, e ele quase estragou o meu cabelo.
Mas ficou uma obra de arte bonita, que estragou as fibras (fibras?) do meu cabelo.
Mas daqui a pouco vou lavar ele, e ele vai ficar bonito de novo.
Mesmo sendo meio pintado e eu achando feio, posso conviver com isso.

Quero comprar uma cadeira bonita, quero arrumar as minhas gavetas.
Dizem que se você quer arrumar a sua vida, deve começar pelo seu quarto.
E é isso que vou fazer daqui a pouco.
Hoje era pra eu ter almoçado, não almocei.
Comi um pacote de bolachas que fazem mal, e estudei pra prova.
Não devo ter ido super bem, mas sei que não fui um desastre total.
Era pra eu ter lanchado no lugar da janta, mas não lanchei e terminei de comer o pacote de bolachas, e há alguns minutos, tomei um copo de coca cola.
Sei que o meu corpo tá pedindo por um banho, meu cabelo pede o xampú.
Meus dentes pedem escova de dentes, e todo o conjunto pede a cama.
Mas não vou dormir tão cedo.
Pretendo acordar cedo amanhã, ir à biblioteca e pegar alguns livros que ando querendo ler faz tempo.
Vou começar desenhos, vou ler.
Me sinto tão animada!
Estou com os olhos ardendo (do Sol provavelmente) e do laser que eu mirei no meu olho ontem.
Mas isso não importa.
Sinto um ânimo estranho.
É uma sensação muito boa, e quero que não vá embora nunca!
Enquanto as coisas que eu quero que aconteçam pra mim, não acontecem, eu me escondo atrás desse sorriso.
É sincero, sei que é.
Ele engana até à mim.
Mas ele sabe ser espontâneo, ora forçado.
Sinto saudade de conversar com a Gardênia, e ficar horas falando mal dos outros.
Claro, falar mal dos outros sempre é bom.
Mas só daqueles que a gente não gostava.
Sinto falta de ouvir ela reclamando do meu jeito de ser.
Ficava muito irritada, mas hoje vejo que ela sempre teve razão.
Sinto muitas saudades, e acho que deve fazer mais de um ano e meio, quase dois anos que não vejo ela.
A última vez que ouvi a voz dela, acho que foi ano passado, quando nos falamos por quatro minutos e onze segundos.
Os créditos acabaram, mas ela me deixou com um sorriso feliz cheio de lágrimas na cara.
Até hoje, quando lembro daquilo, isso me deixa estonteantemente feliz.
(Es-ton-te-an-te-men-te. Aaaaah)
Espero ver ela em breve.
Sei que pode demorar, uma viagem é cara.
E não é sempre que tem um feriado longo, no qual os pais falam 'Filha, vai! Pode viajar!'
É longe, e eles têm medo.
Entendo eles, mas a saudade não entende.
A saudade é aquele bicho nervoso e peludo cheio de dentes.
Que fica dentro de uma jaula e você só vê os olhos vermelhos e a baba dele escorrendo.
Ele fica quieto, mas quando você cutuca, ele fica bravo.
Claro que eu não esqueço da Simone.
Ontem não falei com ela, e isso me deixa triste.
Claro que deixa.
Mas ontem tinha umas coisas pra fazer, e precisava pensar.
Sempre preciso pensar, sei.
Mas só ela sabe como nunca esqueço dela.
Não preciso desse anel aqui no meu dedo pra lembrar.
Sempre que vejo os bancos aqui do prédio, lembro da gente sentada conversando.
Entro no meu quarto, e lembro de quando você veio e ficamos ali, a noite inteira.
Conversando, pra não dormir.
Pois se a gente dormisse, a gente não ia acordar.
Tenho tantas boas lembranças.
E são todas elas que vieram à tona e me deixaram assim, animada.
Tenho uma vida boa.
Não é das melhores, claro.
Não tenho pai rico, carro, motorista particular.
Não posso ter todas as roupas que quero.
Não posso ter os sapatos que quero.
Meu fone do mp3 tá estragado e não tenho dinheiro pra comprar outro.
Queria que o dia tivesse umas 48 horas.
Mas todas essas coisas não são possíveis.
E eu estou conformada.
Acredite.
Porque no final das contas, se eu tivesse todas elas, sei que não seria feliz do mesmo jeito.
E percebi que ao invés de chorar pelas coisas que eu não posso ter, devo sorrir pelas coisas que eu tenho ou tive.
Dói pensar que elas passaram e não voltam.
Mas enquanto houver o amor que tenho por essas duas pessoas aí...Nada pode me abater.
Sem contar as pessoas que sempre aparecem.
Algumas serão passageiras, eu sei.
Mas se me sobrar no mínimo uma boa lembrança de cada uma delas, já serei feliz.
E essas pessoas sempre serão lembradas.
Poderei ser esquecida, e vai doer.
Mas já nem ligo mais.
Só merece o amor verdadeiro, quem está pronto e disposto a amar também.
Quando era menor, achava que gostar de uma pessoa, era tudo o que era preciso para ela gostar de mim.
Depois mudei de idéia.
Vi que as coisas não são bem assim...Cada um é cada um, cada um tem seu tempo...
E agora vejo que é bem aquilo mesmo.
Gostar de uma pessoa é sim motivo pra ela gostar de você.
Em tempos cada vez mais difíciceis, nos quais é difícil construir coisas verdadeiras, ter alguém que goste de você como você é, é motivo pra ela gostar de você.
Você gosta de você?
Eu não gosto de mim.
Muitas vezes penso que se eu não fosse eu, e conhecesse eu, não gostaria de mim.
Ia pensar que é uma menina chata, sem graça, que reclama, que reclama reclama e reclama.
E mesmo assim, tem gente que gosta de mim.
(Que coisa!)
E talvez eu as ame tanto por elas me amarem.
Mas claro, as amo pelo que elas são (principalmente).
Amo essas pessoas por elas existirem.
São todas aquelas coisas que eu sonhava quando era menor.
Sonhava que ia ser bonita, estudar num lugar legal, conhecer gente legal.
Sonhos de criança às vezes parecem besteira, mas não são.
Grande parte das coisas que eu sonhava, se realizaram já.
E eu nem havia dado bola.
A gente sempre se preocupa com os novos sonhos pra sonhar.
Sempre busca coisas cada vez mais e mais inatingíveis.
Sendo que o mais simples da vida, a gente já tem.

Por hoje eu sorri.
Por hoje eu não chorei.
Descobri que tem muita gente no mundo pra gostar.
Só é preciso abrir um pouco mais o coração e não se deixar levar por primeiras impressões.
As primeiras impressões são uma merda, e deixo de me aproximar de muita gente por causa disso.
Mas tá acabando.
Acho.
Claro, sempre tem que ter alguém pra odiar.
O ódio é totalmente necessário.
É uma coisa tipo respirar.
É necessário!
Afinal, quem não tem inimigos, não tem personalidade.
E não é por causa dessa frase feita que li em algum lugar, que gosto de ter inimigos.
Sempre gostei.
Hahaha.
Desde criança, na escolinha...
Sempre tinha uma menina linda e loira, quase dourada, com olhos claros e cabelo esvoaçante.
Era sempre essa que eu escolhia pra odiar.
Era sempre essa que era escolhida pra ser a noiva na quadrilha.
Era sempre dessa que os outros garotinhos gostavam.
E por isso eu a odiava, e virei aquela sem graça que só estudava e não conversava.
Talvez por ela ser loira (uma coisa que eu nunca serei), ter olhos claros (outra coisa que eu nunca terei) e ter cabelo esvoaçante (outra coisa que eu até posso ter, mas não tenho dinheiro pra um super tratamento).
Mas gosto do meu cabelo e nem quero ser loira.
Nem quero ser noiva da quadrilha e nem que todos os garotinhos da sala gostem de mim.
Eu queria isso.
(Tá, quem não queria?)

Por hoje chega!

Música que eu e Ana Paula ficamos ouvindo e relembrando nossas oitavas séries.

4 comentários:

isabela. disse...

descobri que esse vazio dentro de mim é menor do que eu imaginava.
e preencher ele não é fácil, mas não é a coisa mais difícil que existe.

.carolina. disse...

*8ª serie eh sempre uma das melhores neh?
*é bom ver seus posts animados.
*acho que nunca vi você tão alegre quanto hoje. dos dias que eu notei, hoje foi o mais sorridente. nao sorridente de sorrisos. mas seus olhos tavam brilhando, sabe?
*eu tbm tenho objetos, um anel no dedo entre eles, que estão ligados a pessoas q eu amo muito, dos quais vou sempre lembrar, sabendo que não poderei ve-los novamente por muito muito muito tempo.
*sei que sou uma semi-desconhecida, mas acho q é mais fácil gostar de você doq vc imagina.
post legal, valeu \o/ no feriado tava dando tremedeira sem ngm postar.
=**

Rafael Kumoto disse...

A felicidade vai entrando, certas pessoas vão ficando junto com as trevas...

E você me disse que ia me tirar do buraco no final da viagem!

Anônimo disse...

eu acho você estranha! mas isso não quer dizer que eu te odeie. haha

好き だよ!