sábado, 12 de abril de 2008

Tem uma garrafa de álcool em gel ali.

Sábado...
A gente espera tanto pelo fim de semana, quando vê, ele já passou.
Ou vê que não tem nada pra fazer nele.
Ou simplesmente, todos conseguem arranjar algo pra fazer, e você não.
Ou assim como eu, tem várias coisas pra fazer, mas não anima de começar nenhuma delas.

Tenho vontade de gritar, vontade de chorar.
Tenho muita vontade de ir embora, sair correndo e me perder pelo mundo.
Mas isso não é possível...
Em certas horas (eu diria, em todas) a gente tem que ser forte, engolir o choro, guardar o grito na garganta e ficar parada, esperando.
Esperando, ou fazendo elas mudarem.
Como se faz isso, eu não sei.
Não sei o que vou fazer daqui a um dia.
Não sei se daqui à um dia, vai haver vida em mim.
Não sei se vai chover, nevar, fazer sol.
Não sei se vou ver seu sorriso de novo.
Isso seria ruim, pois ainda nem encontrei coragem pra dizer olhando nos teus olhos, o quanto você é importante pra mim.
Sei que não posso morrer antes de ter um filho, escrever uma música, aprender a tocar um instrumento.
Não posso morrer.
Não antes de ter um filho, e escrever uma música para o pai dele.

Percebo como o tempo exerce uma forte influência sobre mim.
Se as coisas não estiverem nos conformes (entenda conformes por: solzinho de leve e dia colorido), o meu humor fica muito inquieto.
Esse tempinho cinza é terrível.
Mas só é mais terrível, quando estou sozinha.
Preciso de lápis coloridos.
Preciso empapelar meu quarto inteiro.
Assim terei a certeza de que : sim, há olhos aqui.
Do jeito que tudo está, sei que há olhos, mas não não há nada.
Assim haverá.
E tudo será diferente.

É terrível ver o tempo passando e eu parada aqui.
Pelo menos, sei que estou menos parada do que antes.
Às vezes, turbulenta.
Mas melhor que antes.
Acho que muitas mudanças ocorreram.
Claro, nenhum ano é igual à outro...
Mas esse ano me reservou mais surpresas do que o normal.
Muitas situações novas.
Muitas coisas novas.
E tudo isso me deu muito pânico, me assustou.
Mas tudo isso está acontecendo ainda, e eu estou à cada dia mais adaptada.
Isso me alegra (?).
É ruim.Puts. É péssimo ver os amigos infelizes.
É péssimo não poder fazer nada pra ajudar.
E é péssimo ver que estão em pior situação do que eu.
Mas mesmo assim, eu consigo reclamar e aumentar os meus problemas mais que eles.

Em um passado não tão distante, lembro que eu era bem romântica.
Escrevia coisas românticas, mas nada exageradas.
Pensava em coisas bonitas.
Isso não acabou.
Mas não sei porquê, diminuiu.
Sinto falta de ser do jeito que era.
Todas as coisas que aconteceram, me deixaram um pouco palhaça.
Na maioria das vezes, sinto raiva de mim mesma por rir tanto.
Pra quê rir tanto?
A vida é colorida.
Mas é preciso ser séria às vezes.
E eu não consigo.
Não consigo levar muitas coisas à sério.
Alguns chamariam isso de 'falta de maturidade', e talvez seja mesmo.
Mas eu acho que não é.
Pode ser que seja.
Acho que não me surpreenderia se fosse.

É complicado.
Muitas vezes, me sinto uma sócia do Clube dos Losers.
Aquelas horas que você pára e pensa : Putamerda, o que que eu faço bem nessa vida?
Talvez nada.
Mas prefiro acreditar que ainda não descobri meu talento.
E não acho que talento seja desenhar bem ou pintar bem, ou ser revolucionário inconformado.
Deve ser alguma coisa que eu nem sei o que é.

Recomendo o álbum do Magic Numbers.
Those the Brokes.
Pois acabei de baixá-lo e vou passar o fim de semana inteiro ouvindo-o.

Boa tarde.

2 comentários:

isabela. disse...

Ah sim.
Agradeço aos comentários anônimos (ou não) destinados à minha pessoa na postagem anterior.
Elogios são bem vindos, e críticas (embora não bem recebidas e nem bem vindas) são permitidas também.

Grata.

Rafael Kumoto disse...

Faz tempo que não entro aqui... Tá difícil respirar ultimamente!

Vejo algumas revoluções na sua mente... Que bom! :)

E não acredito no talento. Acredito na dificuldade de uma tarefa, e naqueles dispostos a se matarem por ela!

Beijos!

PS: Esperava te encontrar agora no msn... Que droga... :/