sexta-feira, 20 de junho de 2008

Estamos de volta com a nossa programação normal.

Uau, nem acredito ainda.
Vou despejar tudo o que eu escrevi nesses...dois dias?


18/06/08

Minha primeira noite na casa nova.
Bem, não é exatamente nova.
Mas é novidade.
Tomei um banho.
Poxa, de que cor era o outro piso mesmo?
Esse aqui é branco...

O outro era bege, castanho, marrom, sei lá.
Sei que terminei o banho, me vesti.
Desci as escadas!
Antes, descer as escadas era sinônimo de sair de casa.
Peguei uma vaquinha.
Sentei no terceiro degrau.

E era ali, uma menina e um bicho de pelúcia.
Cheia de medo.
E a casa, vazia de sons, vazia de cores.
Porém, cheia de lembranças, as quais nunca vou saber.
Enquanto tomava banho, pensei tantas coisas.
Mas depois de pensadas, se tornaram tão mundanas, que já esqueci.
Talvez me lembre.

Ah é.
Eu pensava nas mudanças.
Elas costumam ser em sua maioria, boas ou ruins?
Quando são boas, acho que a gente as trata como resultados ou recompensas.
Quando são ruins, são mudanças.
Um amigo uma vez me disse, que algumas pessoas enxergam obstáculos, outras, desafios.
Uma piada besta me fez cair a ficha:
Eu enxergo obstáculos.
Sei disso.
Totalmente ciente e totalmente inconformada e redondamente enganada.
É o tipo de coisa que você sabe.
Sabe que tá errado.
Quer mudar.
Tá tentando.
Mas não consegue.
Mas eu ainda não desisti.

O que falar das lembranças?
Passei uns dias super de mau-humor.
(quase todos os dias)
Fiquei doente, de cama.
Andei dormindo mal e tendo noção de algumas coisas.
Hoje, abri o caderno e vi uma foto.
Eu mesma coloquei ela ali.
E foi um dos meus últimos dias lá.
Nem me lembro que dia foi, e esqueci de anotar a data.
Mas foi o céu mais lindo que já vi.
Parecia uma despedida.
Mais uma entre tantas coisas boas e inesquecíveis.
Aí uma amiga me manda uma mensagem.
E por tanato tempo, quis achar uma palavra que me definisse...
Chego a pensar que a que melhor se encaixa é: nostálgica.

E aqui, nesta casa nova, sinto que algumas coisas em mim estão mudando.
Hoje também, enquanto fazia um trabalho, um colega pára e fala:
Por que é que você tá aí séria? Por que não tá rindo e pulando?

Só respondi que tô tentando ser uma pessoa mais séria.
Ele levou isso como uma brincadeira.
E eu não o culpo.
Aliás, levo tantas coisas na brincadeira, essa poderia muito bem ser mais uma.
Minhas costas estão doendo, acho que vou parar.
Escrever à mão é uma delícia, mas é muito estranho depois que você acostuma a digitar.

Por enquanto é isso, mas até eu ter internet, vai vir muita coisa.
(Céus, não sabia que internet fazia tanta falta).

20/06/08

São quase três horas da madrugada.
Minha mão tá doendo bastante, mas quis vir escrever.
Senti minhas mãos quentes e lembrei de tempos bons.
Me senti em outro lugar.
Aqui, ando me sentindo mais estranha do que nunca.

Está frio.
E por que meu coração bate forte assim?
A minha respiração acelera e sinto minhas mãos apertando meus dedos com força.
Parece que o sono passou.
Justo agora que eu quis que ele voltasse.
Tudo isso, consigo resumir em:
Sinto sua falta.

Boa noite. 02:54

20/06/08

De novo.

Sinto falta do tempo em que não sentia falta.
Mas já nem tanto.
Sinto falta das longas tardes de sol.
Sinto falta das longas noites vazias.
Sinto falta daquela risada sua que se misturava com a minha, e de como a gente se tornou um par.
Sinto falta de ficar horas falando nada, sentada em qualquer lugar.
Sinto falta daquele abraço.
Sinto falta das noites tranquilas.
Sinto falta dos dias alegres.
Sinto falta daquele teu sorriso que me enchia.
Pois agora, me sinto tão murcha e nostálgica de ti.

Estou com dor de cabeça.
Estou com enjôo.
Estou com sono.
Estou aqui, sentindo falta.

Umas mais.
Outras menos.
Algumas faltas, nem fariam falta.

Do que você sente falta?

Música.


Hoje:

Acordei atrasada, meu pai resmungou qualquer coisa que não escutei.
Fiquei parecendo um zumbi, até que me dei conta de que não tava prestando atenção em nada que prestava atenção antes.
E me senti uma pessoa completamente diferente.

Voltei num ônibus que balançava e com rostos que nunca vi e não verei mais.
Vi a minha bagunça ali.
Ela nunca tinha me incomodado.
Já havia me acostumado com aquela bagunça.
Mas percebi que essa bagunça é diferente.
Essa é imperdoável.
E fiquei me sentindo muito mal por estar tão bagunçada assim.
E estou arrumando.
Bem aos poucos, com passos leves.
Algumas horas paro e penso em desistir e largar tudo dentro das caixas pra sempre.
Mas aí vejo que é melhor arrumar.
Depois de arrumadas, são bem melhores.

Tô cansada e dolorida de carregar coisas e revirar caixas.
Só queria não estar sozinha agora.

Música2.

Agora que voltei, é só um dia em cada dia.
E não três dias ou mais num só.

Graças.

Ômeudeusquesaudade!

3 comentários:

.carolina. disse...

eu nao gosto de mudanças. mudei de casa varias vezes (como vc). eu sempro passo pelas minhas antigas casas, olho pra dentro e penso "o que os novos moradores fazem lá, como eles vivem, oq passa na cabeça deles?". e aí dá saudade das coisas que eu vivi lá. eu tenho vontade de apertar a campainha, entrar, e olhar cada cômodo mais uma vez. e não tenho como. ainda que tivesse, estaria tudo diferente. sempre deixo um pedaço de mim nesses lugares.

que bom que vc tah de volta!

Bill Falcão disse...

Li todo o seu diário desses últimos dias, Isa! Gostei especialmente da maneira como você compara a mudança de casa com a mudança que acontece em você, a mudança interior. A gente percebe que você pensa muito. Procure apenas não sofrer com as lembranças. Eu faço assim: procuro inventar piadas pra não chorar. Até agora, funcionou!
Bjoooooooooooooooooo!!!!!!!!

Ronald disse...

Poxa... melhor não ficar comentando em passados, apenas ler o que tem no blog. Eu fabricaria uma caçada a comentários novos de escritos velhos? Melhor deixar que li, posso ter lido ou não lido de uma vez. Vou ter idéias silenciosas e sérias do passado do blog. Não pergunte, nem eu me compreendo.

SOBRE MUDANÇAS... estou fadado à permanecer mais alguns anos morando na mesma casa com meu pai e minha avó (mãe do meu pai). Preso ao mesmo quarto por prováveis anos até conseguir renda estável e suficiente para me mandar daqui, se possível com algum amor que estará junto, mas sei lá o que importa. O que resta é detonar o quarto e pintar parede, mudar locais, desmontar estantes e armários, trocar por prateleira e cômoda (incômoda). Acho comum pessoas pensarem no que é a mudança, só sei que eu as adoro, até parece que sou cheio de máscaras; quando de fato me interessa se terei minhas idéias bem ditas e bem consideradas, sejam elas como forem (sei que as mudarei com o tempo, não prendo-me muito em certas idéias, sou um mutante [não no sentido x-men da coisa, por favor]), sempre regando tudo com diversão e muitos blábláblás (isto já era um costume informal que sinto estimulado a exercer no blog quando leio "blábláblá.")...

Sei lá o que ando escrevendo... até o/