segunda-feira, 1 de setembro de 2008

E eu jurei por Deus não morrer de amor.


É, eu jurei.
Lembro que sempre achei bonito a tal da história do 'morrer de amor'.
Ainda acho meio bonito.
Não tanto quanto antes.
Acho que depois de amar alguém, as coisas ficam um pouco menos glamourosas.
Até porque o sofrimento dos outros não dói tanto na gente (vai, é verdade).
Não digo que não dói.
Mas, certamente dói menos na gente do que na pessoa que ama & sofre.
(Não necessariamente nessa ordem)

Vai ver, porque sou menina.
(Não que isso tenha a ver)
Mas passei minha infância vendo histórias de princesas e tudo mais.
E claro, eu sempre quis que aparecesse um príncipe num cavalo branco,
e me levasse pra felicidade.
Acho que até hoje quero.
E esse bla bla bla de cavalo branco é puramente simbólico.
(é, descobri sozinha)
Porque quando uma menina/garota/mulher ama um cara...
Ele pode ser horrendo, pobre, arrotar em público.
Ou fazer coisas piores.
Mas se uma mulher ama...ele é a pessoa mais maravilhosa do mundo.
Imagino que seja igual para o sexo oposto.
E o tal do cavalo branco, é pra mostrar como a pessoa é linda aos teus olhos.
E ela é a mais importante, aquela que brilha.
Aquela pessoa radiante.

Sempre me pergunto se já fui amada alguma vez.
Nem que tivesse sido por um minuto, um momento.
Aquele olhar meio de canto, ou alguém que tivesse pegado na minha mão.
Se for assim, já amei tanta gente.
Pessoas que nem conheci, ou que vi uns dois dias.
Mas que a presença me fazia tão bem, naquele momento.
E naquele momento, eu havia amado com toda a intensidade.
Acho que amar é isso.

Tantas vezes, relevei.
Relevei e enxerguei coisas boas.
Não apenas coisas boas, mas coisas boas.
Não eram mais ou menos importantes do que as ruins,
mas é que essas eram boas!
As ruins eu aceitei.
Aceitei e devo ter tentado mudar.
Se não dava pra mudar, eu tentei conviver.
E eu sempre consegui conviver.
Eles é que não conseguiram conviver com as minhas coisas ruins.

Se eu mudei, não foi por causa de nenhum cara.
Nenhum cara nesse mundo vai me fazer mudar por causa dele.
Eu não vou deixar de fazer tudo o que eu sempre fiz.
E se os meus defeitos incomodam tanto, faça que nem todos os que ficaram pra trás.
Me deixe.
Não vai ser a primeira vez, tenha certeza.
Mas todas as vezes, eu vou esperar do fundo do coração, que seja a última vez.
A última vez que sou largada por um homem.

Não é devoção.
Não é pedestal.
Não é desespero.
Apenas é dedicação.
As pessoas de hoje parece que não sabem mais amar.
Acham que amar é dar um oi agora, e um tchau depois.
E tudo entre isso?
Tem que ter conversa, carinho.
Tem que ter alguma coisa.
Mesmo que a conversa seja um silêncio.
Mas que seja o silêncio mais maravilhoso e produtivo que eu possa ter.
Porque enquanto o teu silêncio me constranger, não seremos nada.
Teu silêncio não me constrangia.
O meu te constrangia?
Parece que sim.

Eu não sei esquecer.
Não sei mesmo.
Sei que algum dia vou falar que quero esquecer, jogar pro alto.
Tacar fogo, enfiar na caixa e lacrar.
Mas sei que não consigo.
E por mais doloroso que seja, eu não quero esquecer.
Ali, na beiradinha, eu quero esquecer.
Mas ali, no fundo, eu não quero.
Quero me lembrar pra sempre.
Porque são os erros que ensinam.
Não é mesmo?
E o mundo anda pra frente.

Talvez eu quisesse ficar mais tempo ali, sendo enganada por você.
Mas quer saber?
Você me enganou direitinho.
Me enganou de tal modo que eu ficaria mais um mês ali.
E você nem sabe que eu pensei em dar um fim logo na primeira semana.
Quis que aquilo acabasse, porque eu sabia que você não era tudo aquilo.
Mas eu acreditei em você.
Me deixei levar.
Acreditei.
Caí na sua.
E agora, será que você está rindo da minha cara?
Será que em algum momento a gente foi 'nós'?

Mas como bem sei, acabo sempre voltando lá.
Lá pros outros braços.
Aqueles que nunca me negaram abrigo.
Aqueles que vêm ao meu encontro sem que eu precise pedir.
Acho que são sinceros.
E eu acredito muito nisso.
Não são iguais aos teus.
Mas são confortantes.
São quentes e me fazem sentir alguém.
Me fazem sentir alguém que você forjou muito bem.
E a culpa não é sua.
Nem minha.
É desse destino que prega peças.
E fica fazendo essas situações repetitivas pra mim.
Talvez pra que eu enxergue alguma coisa que ainda não consegui.

E mesmo que os dias passem.
Eu queria muito que você soubesse que eu não vou esquecer.
Eu não finjo que nada aconteceu.
Aconteceu, e você sabe.
Só não sei esquecer.
Não sei apagar.
E não sei usar.

Girassol.

4 comentários:

isabela. disse...

Bible - O Retorno.

.carolina. disse...

ngm deve mudar se sentindo obrigado
mas quando a gente cresce, a gente muda
e tem pessoas que nos ajudam a crescer
e essas mudanças são boas, fazem sentir bem
talvez vc nao mude POR alguem, conscientemente, em função de alguém
mas um dia vc vai encontrar alguém que vai te ensinar e te fazer sentir coisas novas, e naturalmente vc vai mudar, e essas mudanças tendem a ser positivas.
por mais q vc tente nao ser, vc sempre será uma romântica, isura
e um dia alguém há de merecer esse amor todo no seu coração
=*********

mayara c. disse...

falou por mim...
não preciso ficar entrando em detalhes, né?
às vezes, parece que tu sabe o que eu penso...

"Porque quando uma menina/garota/mulher ama um cara...
Ele pode ser horrendo, pobre, arrotar em público.
Ou fazer coisas piores.
Mas se uma mulher ama...ele é a pessoa mais maravilhosa do mundo."

mais verdadeiro impossível.

Lila Ricken disse...

isa.. não sei fala bunitinho e confortar os corações das pessoas....

mas sinta-se abraçada.....

ps: com certeza vcfoi é e sempre será uma pessoa amada... por mais que vc não fique sabendo disso!!

adoro vc bela isabela!!